quarta-feira, 11 de junho de 2025

 “GENÉRICOS”

Lista dos mais vendidos traz alerta para efeitos colaterais

Disfunção erétil, anti-inflamatórios e analgésicos estão no rol dos mais adquiridos pelos brasileiros; mas há riscos de pressão alta, entre outros 

MARABÁ

A aposentada Izaura Alves tem 89 anos de idade. Ela cuida de sua casa, prepara as refeições, supervisiona os netos e, sempre que pode, cultiva feijão, quiabo e outros alimentos no sítio dos filhos, lembrando o tempo que vivia na roça. Pertinho dos noventa anos, ela busca ter uma alimentação balanceada, lê muito e procura ter uma vida ativa. Mas o preço dos anos está sendo cobrado, e ela faz o tratamento de hipertensão arterial, doença que a acompanha há alguns anos.

Os medicamentos Losartana e Hidroclorotiazida são seus companheiros diários. Os medicamentos são receitados no postinho de saúde e retirados na farmácia do bairro onde ela mora. Às vezes, na falta da gratuidade, ela mesma compra, pois são remédios indispensáveis e com custo baixo.

Assim como dona Izaura, milhares de pessoas precisam da Losartana, o primeiro da lista dos dez medicamentos mais vendidos no Brasil, de acordo com pesquisa da Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (ALANAC), divulgada recentemente. Isso confirma que grande parte da população sofre com a hipertensão arterial. Além da Losartana, outros três medicamentos da lista são para tratamento da mesma doença: Hidroclorotiazida, Enalapril e Atenolol.

Segundo o cardiologista João Paulo Maia, especialista e professor na Facimpa/Afya, em Marabá, o fato de quatro dos dez medicamentos da lista serem destinados ao tratamento da hipertensão arterial só comprova a prevalência da doença na população brasileira. “De acordo com dados da Pesquisa Vigitel 2023, aproximadamente 27,9% da população brasileira adulta foi diagnosticada com hipertensão. Em idosos com 65 anos ou mais, a prevalência aumenta significativamente, atingindo 60,9% da população”, pontua o cardiologista.

A hipertensão arterial é uma doença silenciosa que pode desencadear quadros graves, alerta o médico. “É importante que a população busque confirmar esse diagnóstico o quanto antes e inicie o tratamento, evitando a evolução para insuficiência cardíaca, doença renal crônica, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC). Além disso, ela é uma das principais causas de mortalidade no país, com 388 mortes por dia atribuídas à condição”, alerta João Paulo.

A lista dos medicamentos mais consumidos revela ainda o alto consumo de analgésicos (Dipirona), anti-inflamatórios (Nimesulida) e medicamentos para disfunção erétil (Tadalafila e Sildenafila). Nesste último caso, notou-se um aumento significativo na aquisição e consumo da Tadalafila como suposto ‘pré-treino milagroso’, o que, segundo o cardiologista, não tem comprovação científica. “Não há estudos científicos robustos que comprovem os benefícios do uso da Tadalafila como pré-treino. Embora algumas pesquisas investiguem os efeitos do medicamento em contextos relacionados ao desempenho físico, os resultados são preliminares e não sustentam seu uso para esse fim”.

O especialista orienta que a Tadalafila é um vasodilatador indicado para disfunção erétil e hipertensão pulmonar, mas seu uso como ‘pré-treino’ é perigoso e não indicado clinicamente.

Questionado sobre os riscos da automedicação em paralelo com a facilidade na aquisição de remédios, seja pelo baixo custo ou pelo fato de não precisar de receita médica, o cardiologista Paulo Maia destaca que a automedicação pode mascarar sintomas e atrasar o diagnóstico de doenças graves. “Podem ocorrer reações adversas devido a efeito colateral das medicações, intoxicações causando lesão hepática e renal, além de dependência psicológica e física. E um dos fatores que leva a população a essa automedicação é o baixo número de vagas para atendimento com especialistas na rede pública de saúde”, lamenta.

No ambulatório da Facimpa/Afya, em Marabá, apenas na especialidade do cardiologista, 227 pacientes foram atendidos gratuitamente entre fevereiro e abril deste ano. “O importante, mesmo com toda essa dificuldade, é procurar atendimento especializado antes de iniciar o uso de medicamentos, sem esquecer que manter hábitos de vida saudáveis é o primeiro passo para uma vida melhor”, finaliza o cardiologista.

Sobre a Afya   

A Afya, maior hub de educação e tecnologia para a prática médica no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país, 33 delas com cursos de medicina e 20 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde. São 3.653 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), com mais de 23 mil alunos formados nos últimos 25 anos.

Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers.

Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo "Valor Inovação" (2023) como a mais inovadora do Brasil, e "Valor 1000" (2021, 2023 e 2024) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio "Executivo de Valor" (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 - Saúde e Bem-Estar. Mais informações em http://www.afya.com.br e ir.afya.com.br. (Texto: Elizabeth Ribeiro)

Imagens: Elizabeth Ribeiro

 

Cardiologista João Paulo alerta para o risco da automedicação: "Podem ocorrer reações adversas"

Vó Izaura não passa sem seu Losartana, mas tudo devidamente receitado pelo médico

segunda-feira, 9 de junho de 2025

 GARI DOS RIOS

Equipe recolhe de quatro a sete contêineres de lixo por dia

Modalidade ribeirinha percorre balneários do município e a constatação é a pior possível: parte da população segue sem o mínimo de conscientização ambiental

MARABÁ

A limpeza dos rios de Marabá é um dever de todos, mas um grupo em especial realiza esse serviço todos os dias, das 7h às 17h. O Programa Gari dos Rios, do Serviço de Saneamento Ambiental (SSAM), atua há oito anos na coleta de resíduos nos Rios Tocantins e Itacaiúnas, e nas praias do Tucunaré e da região do Espírito Santo.

Atualmente, o programa conta com três embarcações e seis agentes que atuam na Praia do Tucunaré e na margem que vai da Avenida Transmangueira até a Vila Canaã. No complexo de praias do Espírito Santo, o programa conta com quatro agentes e uma embarcação. Nas áreas ribeirinhas, a coleta é realizada junto às residências de duas a três vezes por semana.

Com a chegada do veraneio, que ocorre entre os meses de junho e setembro, e o aumento no fluxo de pessoas nas praias da região, serão 16 agentes que irão reforçar a coleta de resíduos. Por dia, as equipes coletam, em média, quatro contêineres de resíduos.

 “O programa tem como principal finalidade a contribuição ao meio ambiente, com recolhimento de resíduos sólidos deixados pelos usuários desses pontos. Esse material é recolhido, transportado por embarcações e depositados em contêineres na margem, aqui na Santa Rosa, e de lá vão para o aterro sanitário. O descarte desordenado é o que nos dá mais trabalho, mas os garis dos rios agem com muita alegria, muito prazer no trabalho”, ressalta Mancipor Lopes, diretor-presidente do SSAM.

Jefferson Vasconcelos é fiscal de uma das equipes do Gari dos Rios e trabalha há oito anos no programa. Para ele, o trabalho do programa é necessário para a limpeza e a conservação dos rios, contribuindo para o bem-estar do meio ambiente. Ele deixa uma mensagem para a população. “Eu queria pedir para a população marabaense e visitantes, para quando vir à praia no período de veraneio, levar uma sacolinha, organizar o lixo. Mesmo que deixe na praia, mas deixe organizado que a gente vai passar e recolher. Para mim, é muito gratificante porque eu amo meu trabalho, admiro meu trabalho. Para mim, é uma felicidade imensa fazer parte desse grupo e essa família que é a Gari dos Rios”, afirma. (Ronaldo Palheta/Ascom/PMM)

                                     Imagens: Sara Lopes

Esta "produção" diária mais que dobra no período de veraneio 



Na Orla do Tocantins o cenário é o pior possível, com destaque para os finais de semana
Mancípor Lopes comanda o Serviço de Saneamento Ambiental 
Jefferson Vasconcelos pede mais conscientização por parte dos veranistas 

Essa modalidade de coleta de lixo já funciona há 8 anos em Marabá






segunda-feira, 2 de junho de 2025

 Facimpa

Entidade de ensino superior anuncia novos cursos para breve

Coordenação recebeu imprensa de Marabá para apresentar a estrutura de ensino nas amplas instalações da primeira faculdade de medicina privada da cidade

 

NILSON SANTOS

Em clima de confraternização pelo Dia Nacional da Imprensa, na manhã desta segunda-feira (2) a coordenação da Faculdade de Ciências Médicas do Pará (Facimpa) em Marabá, sudeste do Pará, recebeu jornalistas para um toour pelas amplas instalações da faculdade, uma das mais modernas e completas do interior do Norte do País. Atualmente a faculdade oferece apenas o curso de Medicina, e está com processo seletivo aberto para a primeira turma de Enfermagem, além de estar no aguardo de autorização do Ministério da Educação e Cultura (MEC), para, muito em breve, estar disponibilizando também os cursos de Biomedicina e Odontologia.

Funcionando na cidade desde agosto de 2019, a faculdade hoje atende um universo de 980 alunos, não só de Marabá, mas também de municípios circunvizinhos como Jacundá, Tucuruí, Parauapebas e até mesmo da capital, Belém. A primeira turma de formandos já sai agora no próximo mês de julho, cuja solenidade acontece no dia 2. Cerca de cem alunos estarão saindo da Facimpa, prontos para o mercado de trabalho.

Apesar de toda a infraestrutura da faculdade, que consta de auditório, salas de conferências e reuniões, laboratórios e oficinas com o que há de mais moderno para um curso de medicina, a Facimpa não dispõe de nenhum recurso por parte do Governo Federal. Mas mantém parceria com a Prefeitura de Marabá a fim de ofertar à população atendimento médico gratuito em seu Ambulatório-escola. As informações foram prestadas pela Coordenadora de Administração e Financeiro, Rayanna Bastos, auxiliada pela Coordenadora Comercial e de Marketing, Najla Barbosa Esteves.

Rayanna explica que os centros realísticos auxiliam no aprendizado dos alunos antes do contato com os pacientes. Os laboratórios são dotados de robôs, todos computadorizados, que simulam as mais diversas situações de um paciente, desde um estado grave, primeiros socorros, a casos mais simples, e até mesmo cesárias. Já a partir do nono semestre, eles começam a ter contato direto com humanos, através de estágios no Hospital Municipal de Marabá (HMM). Todos devidamente acompanhados por um profissional, um médico preceptor.

A Facimpa oferece atendimento à população, de forma gratuitas, através do Ambulatório que fica localizado próximo ao centro da cidade nova. Os atendimentos podem ser feitos por agendamento no local ou encaminhamento a partir dos postos de saúde e regulados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os alunos também realizam essa atividade, acompanhados de um preceptor.

Outro ponto positivo da faculdade, é o programa “Vem pra Facimpa”, uma ação executada junto às escolas de Ensino Médio do município, buscando “recrutar” quem está concluindo e venha a querer se dedicar pela carreira da medicina. Esses alunos são levados a conhecer a estrutura da faculdade, passam por palestras e, os vocacionados, são selecionados mediante notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A Facimpa oferece ainda vestibular online, bolsas, e o ingresso pelo próprio Enem.

Pioneira – A Facimpa é a primeira faculdade privada a oferecer o curso de medicina. Essa entidade pertence ao consórcio Afya, considerado um dos mais importantes em termos de educação na área formação médica do Brasil. É a única que acompanha o aluno em toda a sua jornada, da graduação até a última especialização. A rede “Afya” está presente em 14 estados, com 37 unidades, sendo 32 com o curso de Medicina.

Em Marabá, essa expansão chegou para oferecer uma formação médica de qualidade, “alinhada às demandas de saúde da região”.

Dia da Imprensa – A oportunidade serviu também para a faculdade reunir jornalistas de Marabá, para confraternizar pelo Dia Nacional da Imprensa, comemorado no dia 1º de junho, último domingo. Aí teve como anfitriã a jornalista Elizabete Ribeiro, da Assessoria de Comunicação da Facimpa. Além de brindes, a turma foi agraciada com um lauto “coffee break”, regado com doces, salgados, sucos e frutas. Mas o que chamou mesmo a atenção foi uma cocada especial, preparada com esmero pela genitora da Bete, especialmente para a ocasião.
                                      Imagens: Nilson Santos/ Ascom



Laboratórios são estruturados com robôs computadorizados, para aulas presenciais

                                
                                         
Aqui o aluno se familiariza com todos os pormenores do corpo humano

                                
No final das apresentações, brindes e aquele lanche reforçado para a turma da Imprensa