sexta-feira, 22 de julho de 2011

AVIÃO BARON CAI ENTRE ELDORADO E CURIONÓPOLIS

    Blog do Zé Dudu está dando em primeira mão:



     "Um avião Baron caiu agora há pouco ao tentar pousar na pista da Fazenda Primavera, de propriedade do pecuarista Rafael Saldanha de Camargo, em Eldorado dos Carajás. Segundo as primeiras informações a aeronave pegou fogo depois de um pouso turbulento na pista da fazenda.

     Não houve vítima fatal e os feridos estão sendo retirados do local por ambulância cedida pela prefeitura de Curionópolis. Ainda não se sabe quantas pessoas estavam na aeronave que estava levando convidados para uma festa que acontece na sede da fazenda nesta sexta-feira.


     Há informações de que o avião era do empresário Luiz Pires, que também tem propriedade no sul do Pará. Os nomes dos tripulantes e passageiros ainda não foram informados, apenas que não houve nenhuma vítima fatal".

segunda-feira, 18 de julho de 2011

ENTENDENDO O BRASIL

     Reproduzo aqui na íntegra, artigo do economista Armando Soares, publicado originalmente no jornal O liberal:




     O Brasil está construindo, a partir de políticos e intelectuais com deformidade de comportamento, uma estrutura jurídica perniciosa para sustentar um regime democrático, estrutura que ao invés de libertar, dificulta a libertação da pobreza, da ascensão de uma classe menos favorecida para outra de melhor qualidade de vida. Está se confundindo demagogia e maquiavelismo ideológico raivoso com democracia e melhor distribuição de renda.

         O subproduto dessa deformação de comportamento é a inveja, a raiva, uma herança cultural, de difícil solução, pois dependeria da realização de uma brutal catequese e de purificação da mente, o que no jargão popular, enxergar um pouco mais adiante do “umbigo”. A deformação de comportamento regra geral aparece quando as pessoas alcançam o poder, pois se distanciam da sensatez e do equilíbrio, ambos essenciais para a construção de um projeto de nação. A política ambiental brasileira danosa ao desenvolvimento é um reflexo desse desajuste comportamental, onde estão presentes todas as deformidades mentais, produto de uma herança cultural esquizofrênica e paranoica.

         Assisti o nascimento, no governo Sarney, do IBAMA, tentando salvar a SUDHEVEA – Superintendência da Borracha, destruída pela corrupção, pela má gestão e uso dos recursos públicos, organismo de grande importância econômica e setorial, criado pelo governo Castelo Branco, convencido de que, através de instrumentos indutores inteligentes, poderia, através da produção da borracha natural, uma poderosa célula de desenvolvimento, dar início, junto com um inteligente programa de desenvolvimento de reconstrução da economia amazônica, autossustentável, capaz de tirar a região do sono letárgico e da dependência de favores e da escravidão do endocolonialismo sob a tutela do sudeste brasileiro.

         A história mal contada, pois concebida para esconder crimes praticados contra a Amazônia, culpam a borracha extrativa pela estagnação da região, o que mostra de pronto o tamanho do maquiavelismo e nocividade do processo endocolonialista. Não estamos defendendo o extrativismo, regime econômico que há muito deveria ter sido enterrado considerando sua antieconomicidade e para evitar seu uso em políticas criminosas contra um social empobrecido secularmente, que não consegue por si só romper o círculo vicioso da pobreza e da estagnação econômica e da prisão de “senhores” de terras.

      A questão da borracha e do desenvolvimento amazônico é uma questão de ordem política, de gestão pública e de poder hegemônico e não de extrativismo. Foi nesse momento histórico, quando ocorreu a estagnação econômica da Amazônia decorrente do inicio da produção de borracha de seringal plantado no Sudeste Asiático, que a Amazônia foi transformada para atender os interesses dos “barões do café”, em produto de troca.

         A tentativa de salvar a SUDHEVEA junto ao governo Sarney, deu em nada. A borracha, depois de apelos insistentes, para não ficar órfã, foi despejada, como coisa sem valor, no recém-criado IBAMA, o somatório de órgãos falidos por má gestão e corrupção, portanto, uma célula pública podre e sem conteúdo, um projeto que já estava nos planos do governo, sob pressão de ambientalistas e governos estrangeiros, que viam a oportunidade, dada a fragilidade do governo brasileiro, de dar inicio a dominação da Amazônia, como de fato aconteceu, órgão que teve o papel de um “Cavalo de Tróia”, para infiltrar na “calada da noite” os “exércitos ambientalistas”.

         Qualquer pessoa que acompanhe o processo histórico, coisa difícil no Brasil, não contaminado por ideologias putrefatas, por política menor e vidrado em enriquecimento fácil, irá constatar que ao longo do tempo a Amazônia é usada como produto de troca, seus problemas decorrem em razão do vazio de poder facilitando o projeto estrangeiro de dominação, fragilidades que facilitam o saque interno e externo, cujo exemplo maior nesse momento é a tentativa de dividir o Pará, um processo criminoso de pirataria indecente, de traição política nojenta, objetivo que não se justifica por nenhum ângulo, seja econômico, político, social, administrativo, ambiental e de desenvolvimento. Ao invés de trazer qualquer benefício para o Pará irá, em muito, facilitar o uso do território para satisfazer os interesses americanos e europeus. Esse é um exemplo típico da deformação comportamental de políticos aventureiros pouco importando o que é melhor para o Pará e o Brasil.

         O Brasil realmente é um país difícil de entender. Cobra-se dos criadores de gado maior eficiência no uso da terra, substituindo o criatório extensivo pelo intensivo, o que é lógico, sadio e justificável. Em contrapartida, valoriza-se incompreensivelmente o primitivismo indígena, tudo para justificar o engessamento territorial de milhões de quilômetros quadrados de terras férteis e ricas em minérios de valor incomensurável. A política indígena brasileira não é para valorizar o índio, mas para mantê-lo no primitivismo incompatível com o mundo moderno e facilitar a dominação estrangeira através de um quilométrico museu natural. Que Brasil é este?

     Armando Soares – economista
     e-mail: teixeira.soares@uol.com.br

VALEU AZULÃO

     Tudo indica que a Imprensa paraense já está tratando Marabá como se Carajás já fosse mesmo um novo Estado. Nos dois “jornalões” de Belém, nem uma linha sequer, na edição de domingo, sobre a vitória do Águia em cima do Luverdense (MT), na estreia pela série C do Campeonato Brasileiro.

     No domingo a desculpa pode ser que as edições fecham mais cedo. Com matérias frias. Na edição desta segunda-feira quem salva a pátria é o Diário em seu caderno de esportes, que dedica duas páginas contando a história do jogo e enfatizando o único gol da partida, pelos pés do novato (no clube), o volante Willian Santos. Já O Liberal resume tudo em poucas palavras, cerca de apenas quinhentos toques, lá no cantinho da penúltima página. 

     Até as derrotas de Independente e São Raimundo, respectivamente, mereceram mais destaque no jornal das ORM. Desprezo total pela, “apertada”, mas significativa vitória aguiana.

     Valeu “Azulão”. Pena que a torcida não tenha confiado tanto assim no desempenho dos comandados do Galvão. Apenas 1.443 torcedores compareceram ao Zinho Oliveira, proporcionado a “merreca” de R$ 18.255. O estádio municipal tem capacidade para 4.100 pessoas.

     Mas essa fuga do estádio tem uma explicação. Pena que o Ferreirinha não entenda, ou finge não entender. Há muito tempo que o torcedor marabaense reclama dos preços das entradas, sempre “salgados”. É em Marabá que se pratica o preço do ingresso mais caro em todo o Estado, sejam nas competições estaduais ou em nível nacional, como está ocorrendo agora.


     E nesta época de veraneio, meu caro “Ferreirinha”, convenhamos que é bem melhor torrar R$ 30,00 na praia do Tucunaré, do que arriscar pagar ingresso caro e sair do campo decepcionado, como já aconteceu em outras oportunidades. 



     Saravá que desta vez deu tudo certo, e o Águia já tem três pontinhos na bagagem. Que continue assim. 

domingo, 17 de julho de 2011

SUPERAÇÃO É TUDO



      Determinação, superação, conjunto, ausência de “estrelismo”, aplicação tática, mas, sobretudo amor à camisa, à Pátria e o “coração no bico da chuteira” foram ingredientes preponderantes para que a Seleção do Uruguai superasse o “bicho papão” Argentina, em território do inimigo e avançar na Copa America.


     Mesmo com um jogador a menos desde os 28 minutos do primeiro tempo, os uruguaios não se intimidaram e nem aplicaram o método, bastante usual nesse tipo de situação, de retrancar o time. A audácia de avançar parece que assstou ainda mais os hermanos e, mais uma vez nesta Copa América, Messi e companhia pouco disseram à que vieram. Principalmente o “melhor do mundo”, de quem se esperava um pouco mais. Resultado é que os eternos rivais do Brasil estão fora e, nem se pode ironizar que “voltaram mais cedo pra casa”.
     Superação foi a palavra chave dos uruguaios.

      Que tenha servido de lição para a turma de Mano Menezes, de quem também pouco se espera, pelo nada que tem produzido até aqui. A vitória de 2X0 sobre o Equador, na última quarta-feira, foi apenas mero detalhe.

     Superação, caros Pato, Ganso, Neymar e companhia. Coração e sangue no bico da chuteira, senão, vamos pro chuveiro mais cedo fazer companhia aos hermanos.      

DUAS ALICATADAS E, "CRAU"



     Dia desses estava eu, distanciado do tempo presente e sorvendo tranquila e sossegadamente minhas seguidas doses de Chivas 12, o meu predileto, em um bar qualquer da cidade, numa tarde qualquer. Onde uisque é artigo de luxo, mas levei o meu para prevenir. Estava a divagar, deixando o pensamento correr solto na medida em que apreciava com deleite o sabor acridoce do scoth.




     Era um bar de periferia, a bem da verdade. Mas o silêncio era inspirador. Recusei até mesmo que ligassem o som sabendo que, se concordasse, teria que poluir meus ouvidos com as baboseiras que hoje em dia crassam pelo Brasil a fora. – Se chegar algum freguês e ele pedir, pode atender – contemporizei, torcendo para não aparecer ninguém.

     Sorvi mais uma dose, com a delicadeza devida para não perder a suvidade do malte que desce meticulosamente goela abaixo. Trago mas gostoso não há, certamente, pelo menos para mim.

     Estava eu em minhas divagações, quando, metros adiante, visualizo dois operários, devidamente paramentados para o perigo que a função exige. Principalmente luvas apropriadas. Fico a observar, sem muito interesse, a movimentação da dupla que se dirige para determinado endereço. Um deles bate, se identifica e, certamente, explica os motivos da inusitada visita. Quem atende, uma mulher, também argumenta alguma coisa (desconheço o teor já que não faço leitura labial). O papo é rápido, de poucos minutos.
Em seguida os dois operários seguem direto para um poste, ajeitam uma escada, um deles sobe e “crau”, duas boas alicatadas e estava cortado o fornecimento de energia para aquela casa.

     Sorvo mais um gole. Agora, a curiosidade já me domina por inteiro. É que o lá de cima fez um serviço mais completo: cortou as duas emendas, baixou a fiação e repetiu o mesmo método, também, na cumieira da casa pela saída do relógio, anulando por completo qualquer possibilidade de ligação clandestina. “Para evitar um possível gato”, imaginei. 

     Cumprida a missão, os dois zelosos operários entram na viatura e se mandam. Talvez em busca de novos endereços inadimplentes para, “crau”.     

     Fiquei a observar aquela casa, novamente de portas fechadas, e me bateu uma angústia interior. O que os dois trabalhadores deixaram para trás – eles estavam somente cumprindo ordens – não foi apenas uma família às escuras. 

     Deixaram para trás uma família exposta a humilhação, a maledicência dos vizinhos, a execração pública. 

     – Por que não se corta energia no absoluto anonimato, tal qual como se suspende serviço de telefone quando não pago e que nenhum vizinho fica sabendo? Por que tem de se submeter o consumidor inadimplente a este tipo de constrangimento? Não caberia aí uma ação por danos morais?   

     O que aqueles homens fizeram, muito embora cumprindo ordens e o papel deles enquanto empregados, foi abrir questionamento – mas para quem questionar? - sobre em que situação de miséria e de exclusão social deve viver o povo ali daquele endereço. O que os levou a deixarem acumular sabe-se lá quantos talões da conta de luz? Irresponsabilidade do chefe de família? Ou é uma família sem chefe? Um chefe alcóolatra? Talvez ali viva uma dessas muitas mulheres largadas, com “reca” de filhos pra criar? Algum filho metido com as drogas, que não ajuda em nada no sustento dos parentes? Talvez uma filha envolvida na prostituição, pomposamente intitulada de “garota de programa”?

     Por que? Por que? Por que?

     Situações que só desequilibram a boa harmonia familiar.

     De repente sai do endereço uma garota, adolescente ainda, talvez beirando os 16 anos. Cabelo “emaranhado”, cara sonolenta, rebolado de quem não quer querendo; “cara de quenga”, como diria uma amiga minha do alto da sua sapiência crítica. Imaginei: “sem ventilador, foi expulsa pelo calor”.

     Não deu outra. A dita cuja seguiu direto para o bar, onde estava bem ventilado, se espreguiçou languidamente, amesendou e começou um rosário de xingamentos, dirigidos não sei a quem. Acabou justificando – sem que ninguém perguntasse – que tudo era culpa dos antigos inquilinos, que dali mudaram deixando aquele “abacaxi” pra mãe dela resolver. – Será mesmo? - Me deu vontade de perguntar pelo pai, mas deixei pra lá.


     Melhor voltar ao meu Chivas porque, a bem da verdade, também tenho os meus muitos problemas para absorver o meu
tempo.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

NO ESTALEIRO

     Como tem sido, para mim, enfadonha esta semana prestes a terminar. Uma rotina totalmente “estressante”: da cama para a rede; da rede para a cama, como forma de descansar as costas.

     Quando na cama, vendo filmes na “Embratel” para ajudar a passar o tempo;

     Na rede, relendo velhos e bons romances de Sdney Sheldon, o “fera” que se foi ano passado.

     No intervalo entre um e outro, visitando a internet e os blogs dos confrades, para não perder o foco com a realidade.


      Férias merecidas de julho?

     - Que nada. Estou mesmo é convalescendo de um básico acidente de moto comigo ocorrido no último domingo, quando, de plantão no trabalho, estava saindo de casa para a coberura de uma matéria no aeroporto, e percorrer as delegacias de polícia, em busca de notícias. Eu mesmo quase acabo virando uma (vai-te retro satanás – toc,toc,toc - credo).

     Do acidente em si, do qual saí com pernas e algumas costelas bastante machucadas, há considerações a tirar e lições a amadurecer: no trânsito tresloucado e bagunçado de Marabá, você tem que ter instinto bastante aguçado e reflexo duplamente apurado, para poder dirigir e, ou pilotar motos. Conduzir por você e pelos outros, como se costuma dizer por aí. No meu caso, tive que, também, contar com o fator sorte (benção Divina) para não trombar de frente com um carro, um Gol, salvo engano, que trafegava na contra mão. Cujo volante era guiado pelas mãos suaves de uma mulher.


     Habilitada para tal?

     Talvez não. Deu para sentir apenas pelos argumentos vagos usados pela desconhecida, tentando justificar sua imprudência, enquanto eu me contorcia de dor, no chão. Ela nem sequer sabia que eu seguia por uma avenida principal e, portanto, com toda a “liberdade” para prosseguir, enquanto a “motorista”  surgiu abrutamente de uma travessa e foi entrando com tudo, sem respeitar preferencial e, como já citei, pela contra mão. Há testemunhas. Foram estas inclusive que me socorreram de pronto. Testemunhas anônimas, mas a quem agradeço profundamente pelo gesto solidário.

     Quanto a jovem motorista? Foi embora resmungando sei lá o que, pegou o carro que ela estacionara um pouco à frente, ainda na contra mão, e sumiu por essas ruas e vielas dessa grande Marabá.

     Algum agente do DMTU por perto para a ocorrência, perícias e coisas a fim? Que nada. Era domingo e, descansar é preciso.


     Quanto a mim, na segunda-feira já estarei de volta à labuta porque, senti, ainda não me sinto preparado para a rotina citada lá no primeiro parágrafo. Esta, apenas para os finais de semana.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

MAURINO QUER AMORDAÇAR A LIVRE IMPRENSA

      Está é quentinha e está no Quaradouro, blog do amigo "Pagão", que transcrevo abaixo:



     O desprefeito Maurino Magalhães quer silenciar a Imprensa livre e independente dos blogueiros de Marabá.


     Segundo publicação do Diário da Justiça desta quarta-feira, 6 de julho, ele deu entrada a uma Ação Ordinária de Danos Morais com pedido liminar de antecipação de tutela e segredode Justiça contra Pedro Gomes (O resto do Iceberg), LaércioRibeiro (Blog do Laércio), Chagas Filho (Terra do Nunca), Ribamar Ribeiro Júnior (Contraponto & Reflexão) e Ademir Braz (Quaradouro).


     O pretexto: os blogs têm veiculado matérias que associariam a imagem do desprefeito à de Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazista do III Reich. Pede, por isso, seja determinada a retirada dos blogs das reportagens que trazem a ilustração (montagem) em que ele aparece trajando o uniforme nazista com a suástica.
     
     A pretensão de Maurino Magalhães, o pior prefeito que Marabá já teve a infelicidade de eleger, já começou a levar chumbo. O Juiz Marcelo Andrei Simão Santos, respondendo pela 1ª Vara Cível, para onde foi distribuído o processo, indeferiu liminarmente os pedidos de segredo de Justiça e de tutela antecipada (a decisão interlocutória que acata o pedidodo postulante, total ou parcialmente). 


     Em seguida, determinou a citação dos jornalistas via AR para audiência no dia 25 de agosto de 2011, às onze horas, depois da qual apreciará o pedido do desprefeito. Dispôs, também, que os jornalistas têm 15 dias para contestar a ação, contados a partir da audiência de agosto.


     A iniciativa de Maurino, que desde 2009 responde a processo acusado da prática de caixa dois – sonegação fiscal ou lavagem de dinheiro, uso de recursos financeiros não contabilizados e não declarados aos órgãos de fiscalização competentes na campanha de 2008, quando elegeu-se – seria uma reação às duras e pesadas críticas que lhe fazem desde sempre crescentes setores da sociedade, apenas dois anos e meio do seu mandato. 


     A ordem dada a seus títeres, apaniguados e mesmo secretários – sobre os quais não tem qualquer autoridade – é que partam para o confronto com qualquer pessoa,  órgão ou instituição que lhe aponte a incompetência, o autoritarismo anti-democrático e a improbidade administrativa.

     Pelo visto, uma guerra perdida - mal começada.

Ilustração de autoria do "O Resto do Iciberg"
NOTA - O pôster empresta solidariedade aos colegas de Imprensa, que começam a ser perseguidos pela má administração de Maurino Magalhães. Como já aconteceu com a "Perereca da Vizinha" e outros blogs que também incomodaram ao "mexer na ferida", oxalá que as pretensões de Maurino deem com os "burros n'água".

VIAJAR É PRECISO

        "Viajei" neste belo poema do meu amigo Ademir Braz. 


         Por isso divido com meus seguidores a sensação da prazeirosa leitura deste:


                   Idos amores   
      
                        Ademir Braz

     O espelho me devolve a barba de vários dias:
     umas cerdas brancas, duras, de velho cuandu.
     Deve ser esse fascínio dos 600 anos... Para onde
     fluíram em maciez e furor as antigas manhãs?
    Onde as noites nevadas de espuma? Onde
    o espanto de fardos e fados rarefeitos, verbo
    em sangue no guardanapo dos botequins?

O cuandu ri no espelho... Envelhecer é isto?
Esse tumulto com os signos, este enorme,
colossal desapego à posse do supérfluo?
Que é o essencial, quando tudo esvaiu-se?
Ainda gosto de árvores, ternura e afagos;
de cães sarnentos e gatos de beco. Trago n’alma
a enseada morna que os abriga e aos amigos.
Grandes, por igual, são minhas amarras às coisas
que sejam pássaros, mar, plantas e silêncio.

     Dessas coisas claras, certifico. Mas o que faço
     das lembranças, tumultuárias buganvílias?

Os amores, comparo-os às tainhas de Maiandeua.
Quando as vi, na vez primeira, pareciam milhares
a saltar entre a praia do porto e o manguezal.
Se o tempo as trazia, em época exata de chuva e sol,
fervilhava o mar sob redes e barco, e  pescadores
colhiam mais cardumes que poderiam consumir
ou vender e que, mortos, relançados às marés,
prateavam de escama a fímbria macia do areal.
Tanto o desperdício que, não muito depois,
rarearam até sumir ao longe na costa do Marajó.

     (As tainhas que amei, também migraram. Foram
     acasalar  bem longe da minha rede de pescador.)

Esses idos amores, contudo, conservo todos aqui
(ainda que tenham durado a sina de uma rosa)...

     A muito amada sentou-se no muro e por trás dela
     eu via a luz da casa com o brilho velado da vidraça.
     Era um lugar de nome indígena, algo quase assim:
     a muito amada vinha do colégio e eu, de muito longe:
    da terra mesopotâmica do sol, a mochila encardida
    do pó que o vento espalha ao norte dos agrestes.
    Lá nos conhecemos, vivíamos, lá um bêbado amou-a
    com amor que o fez perder-se dos parceiros de balcão.
    Mas ela mudou-se e fui revê-la num insano impulso
    e dei com esse vento de soturna lágrima e adeus.
    Penso às vezes que morri naquela noite de pétalas
    e transmutei-me em pássaro sem abrigo ou canto
    e desde então peregrinei sem causa à parte alguma.
    Sim, é quase certo que morri naquela noite de pétalas...

Em Romana, andávamos nus, a companheira
a espiar navios feéricos sobre o verde mar.
Tão distantes e misteriosos!... À noite, apenas
vela acesa na curva imaginária do horizonte
enquanto nos amávamos sobre palafitas.

     Na cidade de cal, perdida no silêncio do cerrado,
     a namorada levou seu visitante a um lugar estranho
     - o centro geodésico de alguma coisa – onde havia
     uma placa, seixo sem valor e um círculo cimentado
     para receber alienígenas e discos voadores.
     Lá, sentamo-nos na grama e não vi luzes na manhã.
    Trouxe no bornal - e ainda deve estar aí nalguma parte -
    um punhado de cascalho sujo e mítico, talvez resto
    do que fora  abissal rochedo de  oceano profundo.

Eu olhava a luz a crepitar na chuva da madrugada.
Bebia aguardente e cerveja no bar soturno (só o dono
atrás do balcão) e olhava a luz imunda na rua insone.
Eu era só um artista sem certezas e a cidade, um pássaro
morto sob a chuva. 
Esse vulto em branco, entretanto,
está bem vivo e úmido à porta, os seios de romã, a face
alada do arcanjo que vai levar-me a qualquer parte.
Alva e transparente no vestido longo, ela pede vodka
e solta o corpo esguio numa cadeira mais ao longe.
Ergo-me e dou a mão ao fado inscrito na noite suja.
Então ela canta, e me dou conta que morrerei esta noite,
fugiremos para as estrelas acima da tempestade, rumo
às galáxias e outros sóis. 
Nunca mais voltarei! 
Mas antes de largar-me quase morto à margem do trago e das taças, 
três dias nos amamos entre cachoeira e saranzais.

terça-feira, 5 de julho de 2011

VAMOS BRINCAR DE ESCONDE ESCONDE?



   


        Foi por pouco, por muito pouco mesmo, que o carro menor (aparecendo só o teto), não avançou a preferencial da avenida Tocantins e dá bem no meio do caminhão baú (em primeiro plano), que seguia normalmente pela via principal.


     Há várias hipóteses para o quase acidente: ou o motorista do automóvel é bastante imprudente; estava muito apressado; não sabia que ali tinha uma avenida e que precisava respeitar a preferencial; não conhece as leis de trânsito; ou qualquer outra desculpa qualquer que se possa imaginar.

     Mas uma coisa é certa; a mais pura verdade:

     O motorista do carro pequeno não viu, e nem podia ver, a placa de sinalização que fica bem na esquina da avenida Tocantins com a avenida Itacaiúnas.

     A dita cuja está bem escondidinha, entre as lindas ramagens de uma frondosa mangueira. Ali plantada certamente com a boa intenção de proporcionar a sombra que está propiciando, principalmente nesta época de sol escaldante e calor beirando os 40º.

     Não se sabe ao certo se iniciativa da prefeitura, ou presente da Emater, que fica bem na esquina.

     O real mesmo, é que se alguém não se preocupar em fazer uma poda na árvore, o “quase” presenciado pelo pôster pode mesmo vir a se transformar em um grave e irreparável acidente.


     Tá dado o recado.

PRESO ÚLTIMO ENVOLVIDO NA MORTE DE PECUARISTA

     A Superintendência de Polícia Civil do Sudeste do Pará acaba de anunciar a prisão do quarto e último envolvido no sequestro seguido de execução do pecuarista de Parauapebas, Antônio Alves dos Santos, o “Toinzinho”, 38 anos.


     Hayone Nascimento, que conseguiu fugir ao cerco policial durante a prisão dos outros envolvidos no crime hediondo, está sendo apresentado neste momento à Imprensa, em Marabá, pelo delegado-superintendente Alberto Teixeira. Este dará entrevista coletiva logo em seguida.

     Na quinta-feira (29), já tinham sido presos Rodrigo Andrade Silva, o “Rodriguinho”, 26 anos; Samuel Nascimento Silva, o “Diabinho”, 32, e Isaías Ribeiro Siva, 24 anos. Eles foram agarrados em Morada Nova, Núcleo de Marabá, quando se preparavam para fugir para Imperatriz (MA).


     Logo mais postaremos maiores detalhes sobre a prisão de Hayone.



Hayone acaba de ser preso pela polícia de Marabá

MAIS UMA DA ADMINISTRAÇÃO MAURINO MAGALHÃES



     Está na Edição desta terça-feira (5) do Jornal Opinião, em reportagem do Jornalista Chagas Filho, que o poster transcreve na íntegra:




     Denúncia


     Procuradoria do Município quer criar 6 cargos de assessor sem necessidade de fazer concurso

     Projeto cria ‘cabide de emprego’

     Chagas Filho

     No final da tarde de ontem (4), os procuradores do município Haroldo Silva Júnior e Luiz Carlos Augusto dos Santos estiveram no Jornal Opinião para denunciar que a procuradora-geral do município, Aurenice Botelho, elaborou um projeto de lei que pode desestruturar a Procuradoria Geral do Município (Progem).

     O projeto prevê a contratação de seis assessores jurídicos, para receber salários mensais de aproximadamente R$ 4,4 mil. Esses profissionais não precisariam de experiência de dois anos e muito menos da carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Basta que sejam bacharéis em direito.

     O projeto, que está na pauta para votação em caráter de urgência na sessão de hoje (5) da Câmara Municipal de Marabá, está cheio de irregularidades, segundo denunciaram Haroldo e Luiz Carlos, principalmente porque o Conselho Superior dos Procuradores não foi ouvido, conforme está previsto na legislação municipal.

     Ainda de acordo com os advogados, esses assessores poderão ser demitidos a qualquer momento se negarem-se a fazer aquilo que se pede. “Estarão ao sabor dos interesses políticos e não dos critérios técnicos. Isso causa enorme preocupação porque poderá trazer grandes prejuízos ao município”, declarou Haroldo.

     O mais grave, segundo Haroldo e Luiz Carlos, é que dois desses assessores já teriam sido contratados e estão trabalhando antes mesmo da aprovação da lei.

     O impressionante é que a Progrem tem nada menos de 11 procuradores e, depois da nomeação de Aurenice como procuradora-geral, foram contratados mais quatro assessores e mais dois atendentes, “sem nenhuma necessidade”, afirmam Luiz Carlos e Haroldo.

     “O mais preocupante é que o que se está querendo com esse projeto de lei é burlar a constituição federal, criando-se uma alternativa de contratar procuradores municipais de forma livre e demiti-los também de forma livre, sem a necessidade de realização de concurso público”, denuncia Haroldo Júnior.

     Segundo ele, a função de procurador é extremamente importante porque avalia a legalidade e legitimidade dos atos praticados pelos agentes públicos, de modo que os procuradores precisam ter autonomia de avaliar essas questões. Mas apenas aqueles que são servidores efetivos (concursados) têm condições de fazer isso.

     Providências – Preocupados com a situação, Haroldo e Luiz Carlos procuraram alguns vereadores, que se mostraram surpresos e indignados com a situação. Entre eles aos vereadores Júlia Rosa, Vanda Américo, Antônio Hilário, Edivaldo Santos e Ronaldo Yara, os quais prometeram não votar a favor da iniciativa.

     Os procuradores também conseguiram conversar ontem com o próprio prefeito Maurino Magalhães, o qual disse que não tinha lido o projeto de lei por inteiro e ficou preocupado com o conteúdo do documento. Maurino garantiu que iria retirá-lo de pauta para que pudesse ser discutido de forma mais criteriosa. “Inobstante a isso, estaremos acompanhando a sessão da Câmara, para sensibilizar os vereadores, caso esse projeto venha a ser posto em votação, para que não realizem a votação ou votem contra porque é inconstitucional e imoral”, afirmou Haroldo.

     Outra questão estranha nessa história toda é que o projeto está cotado para ser aprovado em caráter de urgência, mas até ontem ainda não havia chegado nem nas mãos dos membros da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. “Isso é um ato de irresponsabilidade administrativa, no mínimo, que precisa ser rechaçado pela Câmara Municipal”, afirma Haroldo.

     Sem resposta


     Entre as 19h25 e 19h40 de ontem, o jornal efetuou três chamadas telefônicas para o celular funcional de Aurenice Botelho, para ouvir a versão dela sobre as acusações feitas pelos seus colegas de Progem, mas o celular dava sinal de ocupado o tempo todo.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

CRIME HEDIONDO

   
     Já estão presos os principais envolvidos no sequestro seguido de execução de Antônio Alves dos Santos, o “Toinzinho”, comerciante bastante conceituado em Parauapebas, no sudeste do Pará.


     São eles: Rodrigo Andrade Silva, o “Rodriguinho”; Samuel Nascimento Silva, e Isaías Pereira Silva. Os três foram presos no início da noite desta quinta-feira (30) no bairro de Morada Nova, em Marabá. Eles estavam refugiados em um hotel e já se preparavam para fugir para o Maranhão. As prisões foram coordenadas pelo Superintendente de Polícia Civil do Sudeste do Pará, delegado Alberto Teixeira, com participação da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), e um efetivo da Polícia Militar do 4º BPM, sob comando do major Favacho. Os delegados Nelson Alves Júnior, e Antônio Miranda, da 20ª Seccional Urbana de Parauapebas, também participaram da missão.

     Na manhã de hoje os três acusados foram apresentados à Imprensa de Marabá. Todos confessaram participação no crime. Eles queriam mesmo conseguir dinheiro, R$ 1 milhão, mediante o seqüestro do empresário. O plano saiu errado porque um dos seqüestradores, mesmo encapuzado foi reconhecido pela vítima. Eram amigos e, inclusive, já tinham jogado bola juntos. Foi esse reconhecimento que determinou a execução.

     Um quarto elemento, também envolvido nesse crime hediondo, conseguiu fugir ao cerco policial. Trata-se de Haryone Nascimento. Já foi decretada a prisão preventiva do mesmo.

     Antônio Alves, que foi candidato a deputado estadual nas eleições passadas, foi levado da casa dele no sábado à noite por três elementos. O outro, Hayone, estava esperando no carro. O corpo do comerciante foi encontrado na tarde de quarta-feira (29) já na zona rural de Parauapebas. Foi enterrado na manhã desta sexta-feira, sob forte comoção.


Rodrigo (E), Samuel e Isaías confessaram friamente o assassinato

Hayone conseguiu fugir ao cerco policial