terça-feira, 30 de setembro de 2025

 SETEMBRO AMARELO

Campanha lembra que saúde mental é responsabilidade de todos

Acolhimento, escuta e suporte para uma formação médica mais humana; Afya reforça o cuidado integral dos estudantes de suas unidades com conscientização sobre saúde mental e prevenção ao suicídio

MARABÁ

 O “Setembro Amarelo” nos lembra que cuidar da saúde mental é responsabilidade de todos. E na formação de médicos mais humanos, empáticos e emocionalmente preparados para os desafios da profissão, essa preocupação não se resume apenas ao mês em curso, é uma constante, especialmente para o Núcleo de Experiência Discente (NED) presente nas unidades da Afya – maior hub de educação e tecnologia para prática médica que reúne 38 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país.

Jones Estevão Leite, 25 anos, é um exemplo vivo desse cuidado. Acadêmico de Medicina da Afya Faculdade de Ciências Médicas Marabá, sua trajetória é marcada por persistência e reinvenção. Antes de encontrar seu caminho na Medicina, passou por diversos cursos — Engenharia Elétrica, Engenharia da Computação, Direito, Psicologia — mas não conseguia se adaptar. “Minha rotina acadêmica era bem disfuncional. Eu enfrentava os mais variados desafios: horários, rotina, relacionamentos sociais, acabava me enrolando todo”, relembra.

Ao ingressar na Afya Marabá, Jones teve seu primeiro contato com o NED logo na primeira semana de aula. “Eu estava iniciando um acompanhamento psicológico. Tinha acabado de entrar na faculdade e estava curtindo bastante. Mas era muita mudança. Pedi para conversar com eles em particular, e foi aí que tudo começou”. Desde então, o apoio do NED se tornou essencial em sua jornada. “Recebi atendimentos psicológico, pedagógico e psicopedagógico. Conversamos sobre rotina, estudos, organização e até questões pessoais. Eles são sempre receptivos, mesmo com a agenda apertada. Sempre dão um jeito de encaixar”.

Com o apoio, as mudanças já são notadas na rotina do acadêmico, que relata estar mais funcional, cumprindo os prazos e estudando regularmente.

A história de Jones revela o impacto profundo que o NED tem na vida dos estudantes. Coordenado pela psicóloga Vanessa Feitoza, o NED Afya Marabá é um espaço de acolhimento, orientação e apoio diante das múltiplas demandas da vida acadêmica. Atua como um ponto de segurança dentro da instituição, promovendo uma formação que reconhece o estudante como ser humano em sua totalidade, sendo composto por psicóloga, pedagogo e psicopedagogo.

“A proposta do NED nasce da compreensão de que a vida acadêmica não se separa da vida pessoal. Questões familiares, emocionais e individuais influenciam diretamente no desempenho acadêmico — e vice-versa. Por isso, o núcleo se estrutura como um ambiente de escuta ativa, reflexão e ação, com o compromisso de garantir que todos os alunos tenham condições de viver sua trajetória universitária de forma equilibrada e humanizada”, explica Vanessa.

No curso de Medicina, essa atuação se torna ainda mais essencial. A formação médica exige dedicação integral, com carga horária intensa e renúncias significativas na vida pessoal. “Muitos estudantes enfrentam pressões emocionais e acadêmicas ao abrir mão de momentos com a família, lazer e relacionamentos. O NED surge como um espaço de acolhimento para esses enfrentamentos, fortalecendo habilidades socioemocionais fundamentais para a prática médica. Afinal, médicos também são seres humanos — sentem, se angustiam, precisam descansar”, destaca a coordenadora.

Redenção - Assim como em Marabá, o NED da Afya Faculdade de Redenção, é composto por uma equipe multidisciplinar. "Trabalhamos de forma integrada, sempre alinhando as demandas e fortalecendo o suporte ao aluno em diferentes frentes”, explica Rebecca Eustorgio de Oliveira – Fisioterapeuta, Intérprete/tradutora de Libras e Coordenadora do NED Afya Redenção. Segundo ela, o sigilo ético é um pilar do núcleo, garantindo que os alunos se sintam seguros para compartilhar suas vivências.

A acadêmica Ana Luiza Barbosa Dias, do 8º período de Medicina em Redenção encontrou essa segurança no trabalho do núcleo. “O NED tem feito toda a diferença na minha vida acadêmica. Morar longe da minha família não é fácil, muitas vezes a saudade aperta e somado a isso vem a autocobrança e a ansiedade, principalmente nos períodos de prova. Já cheguei a passar por crises por causa disso, mas encontrei no NED um espaço de apoio e acolhimento”, desabafa. 

Em situações de crise, como casos de depressão ou burnout, o NED oferece escuta imediata e suporte psicológico inicial, envolvendo a rede de apoio do aluno sempre que necessário — inclusive a família.

Outro papel fundamental do NED é no campo da inclusão e acessibilidade. Onde está presente, o núcleo está preparado para atender alunos com diferentes condições, como TDAH, TEA, dislexia, deficiência visual ou auditiva. A partir de uma escuta cuidadosa, são desenvolvidas estratégias específicas de acompanhamento, que fazem parte do atendimento educacional especializado. O plano educacional individualizado é construído em parceria com os docentes, garantindo que o aluno tenha acesso a recursos como tempo adicional em provas ou salas com menos estímulos.

Além dos atendimentos, o NED promove campanhas de conscientização e ações preventivas que impactam toda a comunidade acadêmica. Nessas ações, o núcleo reforça que o médico não é apenas um profissional técnico, mas alguém que também carrega emoções, histórias e vulnerabilidades.

A Afya, seja em Marabá, Redenção ou em qualquer uma de suas unidades de graduação, pós-graduação e educação continuada, reafirma: cuidar da saúde mental é cuidar da vida. E formar médicos mais humanos começa por reconhecer que, antes de tudo, eles também são pessoas.

A campanha “Bora se Cuidar” busca dar visibilidade à importância da saúde mental e ser um porto seguro para médicos e estudantes de Medicina. Com uma abordagem leve e acessível, a iniciativa utiliza influenciadores para amplificar o tema e apoia o público por meio de diferentes formatos e canais: conteúdos em vídeo, podcasts especiais e uma landing page exclusiva que reúne chat de ajuda, cartilha de autocuidado e calendário de eventos, permitindo que cada pessoa escolha o formato que melhor se encaixa em seu momento. (Elizabeth Ribeiro/Ascom/Facimpa)

                            Imagens: Ascom/Facimpa

Acadêmicos de Redenção participam de atividades em conjunto com o NED

Aluna Ana Luiza e a psicóloga Vanessa, esta coordenadora do NED em Marabá 

NED tem papel bastante importante na formação dos novos médicos



segunda-feira, 15 de setembro de 2025

DIREITO DE FAMÍLIA

Pets podem ser reconhecidos como seres sencientes

Quando o amor acaba, mas o latido não: quem fica com o animal após a separação? A guarda deve ser priorizada pelo vínculo afetivo e o bem estar 

REDENÇÃO (PA)

Eles dividiram a casa, os planos e até o sofá — sempre com o cachorro entre os dois, como parte da família. Mas quando o relacionamento terminou, o latido que antes unia virou motivo de dúvida. Afinal, quem tem o direito de ficar com o animal de estimação? E mais importante: o que é melhor para ele?

Foi exatamente essa pergunta que Luiz Paulo Santos Martins e sua então companheira precisaram responder. O casal adotou um filhote de Golden Retriever, presente de uma amiga, e mais tarde decidiram incluir uma gata na família. “A gente sempre brincava sobre quem eles escolheriam para morar”, conta Luiz Paulo. No fim, o cachorro ficou com ele, e a gata com ela — cada um mantendo a rotina dos pets e permitindo visitas livres, respeitando o vínculo afetivo que os animais também carregam.

A separação foi tranquila, mas não sem dor. “O cachorro ficava agitado ao ver a tutora, confundia pessoas na rua achando que era ela. A gata, mais desconfiada, demorou a brincar comigo como antes”, relembra. Sem recorrer à Justiça, o casal fez um acordo informal, priorizando o bem-estar dos animais. “Eles também sentem saudade. É preciso pensar neles, não só na gente”.

Em tempos em que os pets ocupam lugar de filhos no coração dos tutores, a separação de um casal não envolve apenas bens materiais — envolve sentimentos, rotinas e vínculos profundos com seres que não falam, mas sentem. E cada vez mais, essas histórias têm ido parar nos tribunais.

Segundo a advogada e professora da Afya Redenção, Daniela Stefanni Regis do Amaral, o Direito brasileiro ainda trata os animais como semoventes — bens móveis com movimento próprio — conforme o Código Civil. “Essa classificação tradicional os sujeita à partilha patrimonial, mas a jurisprudência tem avançado para reconhecer os animais como seres sencientes, merecedores de proteção jurídica diferenciada”, explica.

Nos tribunais, princípios do Direito de Família têm sido aplicados por analogia para decidir sobre guarda, visitação e até pensão alimentícia para pets. Daniela destaca que “o Superior Tribunal de Justiça já reconheceu o direito de visita a um animal após a dissolução de união estável, e a guarda compartilhada pode ser fixada conforme o caso concreto”.

Embora ainda não exista jurisprudência consolidada, decisões como as do Tribunal de Justiça de Minas Gerais e do Distrito Federal mostram que os juízes têm considerado o vínculo afetivo entre humanos e animais como critério relevante. “A ligação emocional, a capacidade de cuidados, a estabilidade do lar e a rotina do animal são aspectos que pesam na decisão”, afirma a especialista.

A guarda compartilhada é possível, desde que haja acordo entre as partes ou decisão judicial que formalize o arranjo. Na prática, isso pode ser feito por meio de um acordo extrajudicial, especialmente quando há boa comunicação entre os ex companheiros. “Se houver descumprimento de um acordo verbal, é recomendável formalizar juridicamente para garantir segurança às partes e ao animal”, orienta Daniela.

Em casos de maus-tratos ou violência doméstica, o sistema jurídico brasileiro é claro: a Lei nº 9.605/1998 tipifica como crime qualquer ação ou omissão que cause sofrimento ao animal, e a Lei nº 14.064/2020 agravou as penalidades. “A proteção das vítimas e a responsabilização dos agressores são prioridades, inclusive quando o pet é envolvido na dinâmica da violência”, reforça.

Na hora de decidir quem fica com o animal, provas como fotografias, vídeos e testemunhos que evidenciem o vínculo afetivo são fundamentais. “É preciso ir além da letra da lei e considerar o bem-estar do animal, que também sofre com a separação”, pontua Daniela.

Para casais que estão se separando e têm um pet em comum, a recomendação é clara: priorizar o animal. “Os pets são cada vez mais reconhecidos como membros da família. A solução deve considerar o bem-estar do animal e os vínculos afetivos com os tutores, evitando, na medida do possível, o rompimento desses laços”, conclui.

O Direito ainda caminha para acompanhar essa nova realidade. A expectativa, segundo Daniela, é que a legislação evolua para reconhecer legalmente a senciência dos animais, aplicar normas do Direito de Família e promover políticas públicas de educação e conscientização. Porque quando o amor acaba, o latido que fica não é apenas ruído — é afeto que precisa ser respeitado.

Serviço:

A população de Redenção pode ter acesso a orientações jurídicas de todas as naturezas e ingresso de ações judiciais, a depender do caso, através do Núcleo de Práticas Jurídicas - NPJ - da Faculdade de Direito da Afya Redenção, localizada na Avenida Brasil, 1435 - Alto Paraná, Redenção - PA. O atendimento à população, especialmente público de baixa renda, acontece de segunda à sexta-feira, das 08 às 17h. (Elizabeth Ribeiro/Ascom/Facimpa)

                                         Imagens: Ascom/Facimpa

Advogada Daniela: "Direito brasileiro ainda trata os animais como semoventes"

Está cada vez mais comum a disputa pela guarda de um pet ir parar nos tribunais




quinta-feira, 28 de agosto de 2025

 AFYA

Redenção e Prefeitura ampliam rede de saúde pública

Primeira das três unidades que estão sendo reformadas e ampliadas para melhor atender a população será inaugurada nesta quinta feira (28)

 

REDENÇÃO (PA)  

A parceria entre a Afya Faculdade Redenção, antiga Fesar Afya, e a prefeitura do município está transformando a infraestrutura da saúde pública local, com a reforma e ampliação de três unidades de saúde. Mais do que obras físicas, o projeto representa um avanço significativo no atendimento à população e na formação prática dos futuros profissionais da medicina.

O principal objetivo desse esforço conjunto é o fortalecimento do atendimento gratuito à comunidade, que passará a contar com consultórios modernos, centros de especialidades e atendimento multiprofissional. Os moradores dos bairros contemplados terão acesso a serviços médicos e de enfermagem realizados por alunos supervisionados, além de equipes da própria prefeitura. “A população ganha muito com isso. Os postos reformados vão permitir que nossos alunos atendam diretamente a comunidade, com supervisão dos médicos da rede municipal. É uma troca rica: os alunos aprendem na prática e os moradores recebem atendimento qualificado”, destaca Diôgo Amaral Barbosa, Coordenador Acadêmico da Afya Faculdade Redenção.

A primeira unidade beneficiada através da parceria é o Posto de Saúde Araguaia, no Centro. A obra está finalizada e a inauguração está marcada para esta quinta-feira, 28 de agosto, às 15h. O espaço contará com 12 consultórios, sendo 4 novos e 8 reformados, e abrigará o novo Centro de Especialidades Dr. Cesar Paiva Correia Lima. O Posto fica localizado na Rua Altamira, nº 162, Setor Morada da Paz (ao lado do CTA).

A segunda obra é na Unidade de Saúde da Família IV Deusdete Noronha, localizada no Jardim Ariane. O trabalho está em fase inicial, com previsão de construção de 4 consultórios, com possibilidade de ampliação.

O terceiro espaço é a Unidade de Saúde da Família Planalto III, no bairro Planalto III. A obra está em fase final de construção e prevê 13 consultórios, sendo 2 específicos para atendimento ginecológico, com banheiros privativos. Todos os consultórios estão sendo entregues com central de ar instalada, armário, maca, mesa, cadeira giratória e duas cadeiras para pacientes.

A iniciativa reforça o compromisso da Afya Faculdade Redenção — integrante do maior hub de educação e tecnologia para a prática médica no Brasil — com uma educação voltada para a realidade amazônica, promovendo a integração entre ensino, serviço e comunidade. Professores e alunos atuam diretamente nas unidades, oferecendo serviços de saúde e fortalecendo vínculos com os moradores.

“Esse modelo aproxima o aluno da realidade do SUS e da atenção básica. É uma formação que transforma não só o estudante, mas também a vida das pessoas que ele atende”, complementa Diôgo.

A médica Whatina Leite de Souza, secretária de Saúde do município, ressalta que essa parceria entre a Prefeitura de Redenção, no sul do Pará, e a Afya Faculdade Redenção é um marco para a saúde pública do município. “Estamos ampliando o acesso da população a serviços de qualidade, com estruturas modernas e equipes qualificadas. Os novos postos de saúde representam um verdadeiro diferencial para Redenção, fortalecendo o atendimento básico e aproximando ainda mais a comunidade dos cuidados que ela merece. É uma iniciativa que beneficia diretamente os moradores e contribui para a formação de profissionais comprometidos com a nossa realidade”, enfatiza a secretária.

Sobre a Afya   

Afya, maior hub de educação e tecnologia para a prática médica no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país, 33 delas com cursos de medicina e 20 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde. São 3.653 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), com mais de 23 mil alunos formados nos últimos 25 anos.

Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo "Valor Inovação" (2023) como a mais inovadora do Brasil, e "Valor 1000" (2021, 2023 e 2024) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio "Executivo de Valor" (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 - Saúde e Bem-Estar. Mais informações em http://www.afya.com.br,  e ir.afya.com.br. (Elizabeth Ribeiro/Ascom/Facimpa)

                                       Imagens: Ascom/Facimpa

Unidade ganhou consultório para atendimento multiprofissional 

Instalações mais amplas para melhor atender a comunidade

 

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

COMPRESSORES

Inovação tecnológica evita risco de morte iminente

Aparelhos torácicos funcionarão como socorristas, evitando uma parada cardiorrespiratória do paciente mesmo com a ambulância em movimento 

 

MARABÁ

Mais uma inovação em saúde vai ser utilizada dentro das Unidades de Suporte Básico (USB) do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Trata-se dos três compressores torácicos que foram adquiridos pela Prefeitura de Marabá, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), para atendimentos de paradas cardiorrespiratórias. 

No Brasil, existem alguns outros SAMUs que têm os aparelhos, mas dentro das Unidades de Suporte Avançado (USA). Marabá é o primeiro no Pará a ter o aparelho nas Unidades de Suporte Básico (USB), como explica a coordenadora do SAMU, Walternice Vieira. “Significa a realização de um sonho, porque sabemos o quanto é importante, o quanto isso traz qualidade no nosso atendimento e o benefício para a população que é atendida. A nossa ocorrência master é a parada cardiorrespiratória e não tem como ser diferente. É onde temos um risco iminente de morte. E se essas compressões não forem feitas com qualidade, com a profundidade adequada e na frequência ideal, o paciente infelizmente vai evoluir a óbito”, informa. 

Os aparelhos foram adquiridos para o SAMU 192 e funcionarão como um terceiro socorrista, fazendo a compressão do tórax do paciente no momento de uma parada cardiorrespiratória, para que haja uma ressuscitação cardiopulmonar. “Nesse momento, temos que entrar com um protocolo de suporte básico de vida, que requer compressões torácicas e ventilação. Eu costumo dizer que foi um ganho gigantesco porque funciona como um terceiro socorrista no local da parada. Dentro das unidades de suporte básico, vai o técnico de enfermagem ou doutor socorrista, com o compressor. Além de ganhar qualidade nessa compressão, ganhamos tempo, já que a compressão pode ser ininterrupta”, explica Walternice. 

Sem esse aparelho, diante de uma parada cardiorrespiratória, os socorristas não podiam transportar o paciente. Eles atendiam no local porque não podiam parar as compressões nem as ventilações. “Agora com o advento do compressor torácico, podemos fazer isso até com o paciente em transporte dentro da ambulância, liberando o outro socorrista pra fazer as medicações e as ventilações necessárias, enquanto o aparelho fica fazendo as compressões”, relata a coordenadora. 

Dentro do protocolo de atendimento pré-hospitalar, a frequência de compressão deve ser em torno de 100 a 120, numa compressão de até 5 cm do tórax. Os socorristas dividem essas compressões em ciclos de 2 minutos, fazendo 30 compressões para 2 ventilações, no caso do adulto.

“Então esse aparelho, além de fazer 30 para 2, ele também consegue fazer o 15 para 2, no caso de crianças, e consegue fazer a compressão ininterrupta para quando esse paciente já está entubado. Temos aí uma sobrevida, uma taxa de sobrevida de apenas 6% após uma parada cardiorrespiratória e com o compressor torácico, conseguimos aumentar até 10%. Ou seja, o mais importante realmente, além da desfibrilação desse paciente, são as compressões torácicas. E isso, vamos ter uma ajuda imensurável com os compressores torácicos”, pontua a coordenadora. 

Atendimento do SAMU

Criada em 2013, a Central Regional de Regulação das Urgências na Região de Carajás (CRRU) é responsável pelo atendimento do SAMU em 17 municípios da região, totalizando mais de 930 mil pessoas cobertas pelo serviço 24 horas por dia. Em Marabá, são cerca de 700 ocorrências atendidas por mês. A equipe do SAMU conta 24h por dia com dois médicos reguladores e um médico intervencionista, responsáveis por decidir quais equipes serão enviadas. Marabá conta com três bases de emergência, sendo uma em São Félix, uma na Nova Marabá, anexa ao Hospital Municipal, e uma no Cidade Nova, ligada à Secretaria Municipal de Saúde. (Fabiana Alves/Ascom/PMM)

                                  Imagens: Sara Lopes

Walternice Vieira festeja a chegada dos novos equipamentos, que vão ajudar à salvar vidas

Compressores torácicos são essenciais para evitar uma parada cardiorrespiratória fulminante  



AGOSTO DOURADO

Entre o amor que nutre e os desafios que silenciam 

Campanha visa promover o aleitamento materno como base da saúde infantil, assim como acolher as mães que enfrentam dificuldades

 

MARABÁ

 

“Eu amo amamentar, amo esse período. Mais que nunca estou conectada com o meu bebê”. Com essa frase, Letícia Alves Costa, de 28 anos, resume a intensidade e a beleza de sua experiência com a amamentação. Mãe de Jean Mael, nascido em março de 2021, e de Luna Sofia, recém-chegada em julho de 2025, Letícia viveu duas jornadas distintas, mas igualmente marcantes, no universo da maternidade.

Na primeira gestação, tudo correu tranquilamente. O parto foi normal, com 40 semanas e 4 dias, e a amamentação, embora desafiadora no início, se transformou em uma história de superação. “Meu seio feriu, sentia muita dor, pensei até em dar fórmula. Mas descobri que a pega estava errada e que o próprio leite ajudava a curar. Persistimos, aprendemos juntos, e ele mamou até os 2 anos e 7 meses”.

Com Luna, a experiência está sendo mais fluida. Letícia já sabia o caminho, mas ainda assim precisou reaprender. “Hoje tenho mais habilidade e facilidade. Mas continuo acreditando que amamentar é uma escolha, difícil, mas maravilhosa. O vínculo, os olhares, o amor transmitido. Tudo isso renova minha energia”.

Letícia também desmistificou um dos maiores mitos que cercam a amamentação: o de que o leite materno não sustenta o bebê. “Me disseram que ele chorava de fome, que o leite não era suficiente. Mas até os 6 meses, Jean só tomou leite materno (nem água) e era um bebê saudável, pesando 9,5 kg. O super leitinho era poderoso”, reconhece.

Quando a amamentação não dá certo

Apesar de histórias como a de Letícia, nem todas as mães conseguem viver esse vínculo da forma idealizada. A pediatra Izabella Sad Barra, professora na Afya Faculdade Redenção (antiga Fesar/Afya), reforça que nem sempre o desejo de amamentar é suficiente. Questões físicas como fissuras nos mamilos, leite empedrado, obstrução dos ductos ou mastite podem tornar o processo doloroso e frustrante. Além disso, fatores como ansiedade e estresse também afetam diretamente a produção de leite. 

“Quase todos os problemas têm solução, mas é preciso acolher e esclarecer as dúvidas da família. Se for necessário complementar com fórmula, isso não é culpa de ninguém”, afirma Izabella. O mais importante, segundo ela, é garantir que o bebê seja nutrido com segurança e que a mãe se sinta apoiada em sua jornada. 

A psicóloga Vanessa Feitoza Silva, coordenadora do Núcleo de Experiência Discente da Afya Faculdade de Ciências Médicas de Marabá (antiga Facimpa), explica que a pressão social em torno da amamentação, embora muitas vezes bem-intencionada, pode gerar impactos profundos na saúde mental materna. “A amamentação virou sinônimo de boa maternidade. Quando a mãe não consegue amamentar, ela se sente inadequada, frustrada, e até culpada — como se tivesse falhado com o bebê e com ela mesma”. 

Esse sofrimento emocional pode ser agravado por fatores como ansiedade, dor, baixa produção de leite ou a necessidade de interromper precocemente o vínculo por conta do retorno ao trabalho. Em vez de focar na relação afetiva com o bebê, muitas mães passam a se cobrar uma performance perfeita, o que fragiliza o vínculo e intensifica o desgaste emocional do puerpério.

Vanessa também alerta para os sinais sutis da depressão pós-parto, que muitas vezes são confundidos com o “normal” da maternidade. Irritabilidade constante, sensação de desconexão com o bebê, alterações de sono e apetite, e pensamentos recorrentes de inadequação podem indicar que a mãe está emocionalmente sobrecarregada. 

“Cuidar da saúde mental da mãe é essencial para fortalecer o vínculo com o bebê. A psicoterapia oferece um espaço seguro para que ela possa expressar suas frustrações, ressignificar sua experiência e reencontrar sua força emocional”. A maternidade, reforça Vanessa, vai muito além da amamentação: é feita de presença, cuidado, acolhimento e afeto.

Agosto Dourado: mais que incentivo, acolhimento

É nesse ponto que o Agosto Dourado precisa ir além da celebração. A campanha, que promove o aleitamento materno como base da saúde infantil, também deve acolher as mães que enfrentam dificuldades. Porque amamentar não é apenas um ato biológico, é também emocional, social e psicológico.

Apoiar a amamentação é, acima de tudo, apoiar a mulher em sua integralidade. Seja com leite no peito ou com afeto nos braços, toda mãe merece ser reconhecida, respeitada e acolhida.

Simpósio Aleitamento Materno

E, como forma de apoiar o Banco de Leite de Marabá, a Liga Acadêmica Interdisciplinar de Saúde da Mulher (Laismu), da Afya Faculdade de Ciências Médicas de Marabá, promove no dia 29 de agosto o II Simpósio sobre Aleitamento Materno. Com o tema: “Conexões Douradas”, o evento abordará temas do Agosto Dourado, incluindo importância, benefícios e técnicas de amamentação. O evento acontecerá a partir das 18h, nas instalações da Afya Marabá e as inscrições podem ser realizadas pelo link no perfil da Liga - @laismu.facimpa, mediante doação de pote de vidro com tampa plástica que serão repassadas para o Banco de Leite de Marabá.

Serviço: Sobre a Afya   

Afya, maior hub de educação e tecnologia para a prática médica no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país, 33 delas com cursos de medicina e 20 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde. São 3.653 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), com mais de 23 mil alunos formados nos últimos 25 anos.

Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers.

Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo "Valor Inovação" (2023) como a mais inovadora do Brasil, e "Valor 1000" (2021, 2023 e 2024) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio "Executivo de Valor" (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 - Saúde e Bem-Estar. Mais informações em http://www.afya.com.br  e ir.afya.com.br. (Elizabeth Ribeiro/Ascom/Facimpa)


                                 Imagem: Ascom/Facimpa

Letícia passou por dois momentos distintos durante a amamentação, mas ambos gratificantes


 

 


segunda-feira, 11 de agosto de 2025

PREVENÇÃO

Cuidados com a visão durante o veraneio são imprescindíveis

Sol, água de rio, mar e piscinas podem deixar os olhos vermelhos e irritados, além de outros sintomas, o que requer visita à um especialista

MARABÁ

Ninguém quer encerrar o período de férias antes da hora por causa de problemas na visão, não é mesmo? Aquela ardência durante ou depois do banho de piscina, aquele incômodo após um dia de sol forte ou até mesmo uma infecção ocular causada por um cisco ou corpo estranho nos olhos. São muitos os casos que podem ocorrer, mas a prevenção e o cuidado com a saúde ocular continuam sendo o melhor remédio, especialmente durante passeios e banhos de férias.

O verão amazônico é um dos períodos mais quentes do ano. Ele coincide com a diminuição das chuvas e da umidade do ar, e muitas vezes, com o aumento dos resíduos de queimadas. O clima mais quente e seco torna mais frequente que a população em geral sinta sintomas de irritação nos olhos, como ardência, coceira, vermelhidão e lacrimejamento. 

De acordo com o médico oftalmologista Norimar Pinto de Oliveira, especializado em Catarata, Glaucoma e Doenças da córnea, e professor de Medicina na Facimpa/Afya e na UEPA, “a exposição mais prolongada e intensa a radiação solar nesse período, além dos incômodos que geralmente passam em pouco tempo, pode facilitar o desenvolvimento de catarata e pterígio a longo prazo”, alerta o especialista.

Durante este período, as conjuntivites virais tendem a aumentar, já que a maior aglomeração em festas, praias e eventos familiares facilita a transmissão do vírus. E, ao aproveitar os balneários, clubes e praias, o Dr. Norimar orienta que o uso de proteção para os olhos é fundamental, mas alerta quanto à qualidade dos óculos de sol utilizados, especialmente aqueles comercializados em barracas e camelôs. 

“Eles servem para proteger os olhos, porém, na maioria das vezes, não possuem filtros. Apesar de as lentes serem escuras, elas absorvem mais luz. Não fazem mal, porém, o fato de serem escuras não significa necessariamente que possuem filtros para determinados comprimentos de onda e frequências da luz que são mais danosas aos olhos”, explica o oftalmologista.

Outra situação comum envolve pessoas que usam lentes de contato e acabam tomando banho de piscina, igarapé ou mesmo de mar. O correto, segundo o especialista, é “retirar as lentes para nadar, pois existem micro-organismos que podem aderir às lentes e provocar infecções graves”, orienta. No caso das crianças, que geralmente não querem sair da água, seja ela qual for, o ideal é que sejam oferecidos óculos para mergulho, pois elas tendem a abrir os olhos dentro da água, o que provoca ardência e vermelhidão.

“Em geral, olhos vermelhos após contato com a água são transitórios e, portanto, não indico o uso de colírios, especialmente por conta própria, pois isso pode trazer uma série de riscos à saúde ocular, desde danos à superfície dos olhos até o desenvolvimento de doenças mais graves, como catarata e glaucoma”, explica Dr. Norimar.

Caso ocorra algum incômodo ou sensação de corpo estranho nos olhos, o médico recomenda lavá-los cuidadosamente com soro fisiológico 0,9% ou água filtrada. Se o sintoma persistir, o ideal é procurar uma avaliação adequada com um profissional da área.

Então, aproveite os momentos ao sol e na água no período de férias, mas lembre-se de usar boné e chapéus, que protegem a cabeça, o couro cabeludo e o pescoço, e consequentemente a visão. Aposte em óculos de qualidade e evite coçar os olhos, especialmente com as mãos sujas.

Além de professor na Facimpa/Afya, Dr. Norimar atende no Ambulatório Escola da instituição, que oferece consultas oftalmológicas gratuitas. O atendimento pode ser agendado diretamente no local ou via encaminhamento das Unidades Básicas de Saúde. O Ambulatório Escola está localizado na Rodovia Transamazônica, próximo ao centro da Cidade Nova, em Marabá.

Sobre a Afya   

A Afya, maior hub de educação e tecnologia para a prática médica no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país, 33 delas com cursos de medicina e 20 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde. São 3.653 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), com mais de 23 mil alunos formados nos últimos 25 anos.

Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers.

Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo "Valor Inovação" (2023) como a mais inovadora do Brasil, e "Valor 1000" (2021, 2023 e 2024) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio "Executivo de Valor" (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 - Saúde e Bem-Estar. Mais informações em http://www.afya.com.br e ir.afya.com.br. (Elizabeth Ribeiro/Ascom/Facimpa)

                                            Imagem: Ascom/Facimpa
Dr. Norimar têm orientações especiais para melhor proteger sua visão no período de veraneio 

Crianças necessitam estar com os olhos bem protegidos para evitar maiores problemas  


terça-feira, 15 de julho de 2025

 INFRAESTRUTURA

Bairro Liberdade contemplado com pavimentação de qualidade

Pacote de obras da prefeitura finalmente alcançou uma das áreas mais tradicionais do núcleo Cidade Nova, há muito esquecida

MARABÁ

A Secretaria de Viação e Obras Públicas (Sevop), da prefeitura de Marabá, intensifica os investimentos em infraestrutura urbana no Bairro Liberdade, Núcleo Cidade Nova, com a pavimentação e urbanização de importantes vias da comunidade. Entre elas, estão as ruas Nossa Senhora Aparecida, São Francisco e Travessa Planalto, que estão recebendo obras de drenagem, meio-fio, sarjeta, calçadas e pavimento em concreto.

Na rua Nossa Senhora Aparecida, os serviços estão em andamento em dois trechos. Entre as avenidas Tiradentes e 26 de Junho, está sendo executada a concretagem das calçadas. Entre as avenidas Maria Adelina e Brasil foram finalizadas as travessias em concreto para facilitar a mobilidade. A Travessa Planalto também está em obra; em um trecho ocorre a escavação de valas para receber meio-fio e sarjeta e, em outro, a montagem de formas e telas para tampas de caixas de passagem.

Essas intervenções mudam a paisagem e a rotina dos moradores, que antes enfrentavam lama, buracos e muita poeira. Para João Batista Figueiredo, morador da rua Nossa Senhora Aparecida desde 1985, o sentimento é de alívio e gratidão. “Aqui era só buraco. As administrações passadas nunca calçaram. Agora chegou. A gente só espera melhorias. Vai mudar tudo: saúde, trânsito, estilo de vida. É só alegria”, comenta.

A valorização dos imóveis e o conforto das novas calçadas também foram destacados pela professora Sara de Paula. “Antes era só buraco, muita lama e poeira. Agora temos asfalto, nossas casas foram valorizadas. É um benefício enorme para todos”, afirma.

Com 80 anos, dona Maria Silva também celebrou a mudança. “Agora está tudo ótimo. Poeira e lama acabaram. Estou muito feliz”, disse, emocionada.

Quem também compartilha da mesma alegria é Antônio Trajano Chaves, 64 anos. “Antes era só lama. Hoje tá bacana. Tá tudo correndo bem, a saúde melhora, a valorização também. É só felicidade”, afirmou, destacando que o sentimento é coletivo no bairro.

Para a jovem dona de casa Gleiciane Alves Mendes, de 21 anos, o fim dos buracos e da poeira foi o maior alívio. “Ajudou muito. Agora está bom para passar, ficou ótimo”, disse, relembrando os transtornos que a falta de pavimentação causava. (Osvaldo Henriques/Ascom/PMM)


                    Imagens: Lúcio Silva

Ruas do Liberdade ganham "cara nova" com pacote de obras da prefeitura