sexta-feira, 21 de novembro de 2025

                                TEMPO

                 NILSON SANTOS*

 Tempo

Porque pedes um tempo?

Se tempo voa que nem o vento

E nem temos tempo de ver o tempo passar

Um tempo; pra que?

Não temos todo o tempo para o tempo que o tempo quer

O tempo passa tão rápido,

Que nem dá tempo de perceber, que já fomos consumidos pelo tempo

Ah!, o tempo...

Porque queres um tempo?

Pra que?

O tempo não vai resgatar o tempo,

que se foi

E, se te oferecer o tempo,

Esse vai parar no tempo

E não vai resgatar o tempo, que se perdeu com o tempo

Ah! Já não temos mais tempo

Nosso tempo se esvaiu no tempo

Que se foi com o vento

Tempos passados

Tempos vividos

Tempos perdidos...

Ah!, se pudesse voltar no tempo,

Para não perder tanto tempo perdido

Em tempos que já se foram;

Tempo

Porque pedes um tempo?

Não, não;

Já não tenho tempo,

Para perder meu tempo,

com tempos vãs

 

            *Radialista, Jornalista, poeta nas horas vagas

                         Imagem: Ilustração

 


 COP 30

Incêndio repercute e interrompe negociações climáticas

Incidente provocou pânico e muito corre-corre no momento em que se discutia uma das pautas mais importantes do encontro

BELÉM/PA

 

A imprensa internacional repercutiu amplamente o incêndio registrado nesta quinta-feira (20) em um dos pavilhões da COP30, em Belém (PA). As chamas atingiram áreas da Zona Azul, no Pavilhão dos Países, e levaram a evacuação de delegados, jornalistas e equipes de apoio. Segundo o governo do Pará, não houve registro de feridos, mas ainda não há informações oficiais sobre as causas do incidente.

Veículos estrangeiros relataram o momento em que o fogo começou e destacou-se a evacuação da área. A BBC, do Reino Unido, colocou o incêndio na manchete de seu site, informando que repórteres da própria emissora presenciaram as chamas. A rede também relatou que um membro da delegação britânica estava próximo do local quando o fogo se espalhou, lembrando que o episódio ocorre enquanto representantes de cerca de 200 países tentam avançar em acordos climáticos.

A Associated Press, dos Estados Unidos, informou que sua equipe precisou ser retirada imediatamente do pavilhão e ressaltou que o incêndio aconteceu na véspera do encerramento da conferência. O Clarín, da Argentina, destacou que o episódio ocorre em meio às negociações sobre transição energética e financiamento climático. Já jornais americanos e franceses enfatizaram que o incidente “mergulhou a cúpula em caos”, interrompendo discussões consideradas decisivas. (Imperador Notícias)

 SAÚDE PÚBLICA

População negra ainda enfrenta discriminação no atendimento

Especialista expõe as desigualdades raciais na saúde pública, onde ainda há barreiras históricas de acesso, acolhimento e dignidade; e falta empatia

MARABÁ

Cerca de 80% da população paraense se identifica como negra e, os indicadores de saúde revelam profundas desigualdades raciais que comprometem o acesso e a qualidade do cuidado. Segundo dados do IBGE, a taxa de desnutrição entre crianças negras no estado é significativamente mais alta, especialmente entre meninos pardos, com índices que saltaram de 6% para 8,5% nos últimos anos. 

Além disso, a percepção da própria saúde entre adultos pretos e pardos é alarmante: mais de 62% avaliam sua saúde como ruim ou regular, refletindo não apenas condições clínicas, mas também o impacto do racismo institucional. A população negra do Pará também enfrenta maior prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, como hipertensão e diabetes, agravadas pela dificuldade de acesso a serviços de prevenção e tratamento. Esses dados escancaram a urgência de políticas públicas que enfrentem o racismo na saúde com ações estruturantes e reparadoras. 

Para a médica generalista, docente e preceptora em Atenção Primária à Saúde da Afya Marabá, Hannah de Castro Santis, o significado da data (o Dia da Consciência Negra)* está diretamente ligado aos princípios que regem o Sistema Único de Saúde (SUS). “Quando falamos de equidade, estamos reforçando a necessidade de ações afirmativas em saúde. O racismo estrutural é reconhecido como um determinante social da saúde pela Política Nacional de Saúde Integral da População Negra”, afirma.

Segundo a médica, embora o SUS seja universal, nem todos têm o mesmo acesso. “A integralidade exige que o paciente seja visto como um todo - sua história, seu contexto social, cultural e racial. Isso impacta diretamente no diagnóstico, no tratamento e no acolhimento”, explica Hannah.

A desigualdade racial na saúde se revela também nos números. A população negra apresenta maior incidência de doenças como hipertensão e diabetes, além de enfrentar taxas mais altas de mortalidade materna. Hannah Santis destaca ainda os dados alarmantes sobre violência contra mulheres negras no Pará, tema de seu trabalho de conclusão de curso. “Em todas as variáveis: sexual, religiosa, moral, psicológica, financeira, as mulheres negras sofrem mais”, relata.

A médica também aponta o abandono escolar como um fator que afeta diretamente o histórico de saúde de crianças negras, associando-o à negligência, desnutrição e doenças do neurodesenvolvimento. “Tudo isso precisa ser considerado na prática clínica”, reforça.

Na Afya Marabá, ações concretas têm sido realizadas para enfrentar essas desigualdades desde a formação médica. “Vejo os alunos indo a locais de difícil acesso, levando saúde às populações vulneráveis e aprendendo a importância da escuta ativa e do acolhimento. O paciente que não é bem recebido na porta de entrada do SUS não volta mais. E isso afeta diretamente sua saúde”, alerta.

Hannah acredita que a mudança começa na atitude de cada profissional. “O médico não tem mais desculpa para dizer que não sabia. A ética, a humanização e as políticas públicas são ensinadas desde o início da formação. Cabe a nós romper barreiras, combater o preconceito e garantir dignidade no cuidado”, afirma.

Ela destaca ainda o papel transformador das ações de extensão como o PIEPI, que levam estudantes às escolas e comunidades, promovendo educação em saúde desde a infância. “É emocionante ver os resultados dessas ações. Elas mostram que é possível formar profissionais comprometidos com a equidade e com o respeito à diversidade”.

No Dia da Consciência Negra, mais do que nunca, o que todos devem entender é que cuidar da saúde da população negra exige mais do que técnica, é necessário empatia, escuta, compromisso e coragem para transformar a atual realidade. Como conclui a médica Hannah Santis, “o paciente pode chegar carregando uma história de dor e preconceito. É nosso papel acolher, entender e garantir que ele receba não só tratamento, mas respeito e humanidade”.

Serviço:

Sobre a Afya

A Afya, maior ecossistema de educação e tecnologia em medicina no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior, 33 delas com cursos de Medicina e 25 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde em todas as regiões do país.

São 3.653 vagas de Medicina aprovadas e 3.543 vagas de medicina em operação, com mais de 24 mil alunos formados nos últimos 25 anos. Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da Medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de Medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo “Valor Inovação” (2023) como a mais inovadora do Brasil e “Valor 1000” (2021, 2023, 2024 e 2025) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio “Executivo de Valor” (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do Pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 - Saúde e Bem-Estar.

Mais informações em: www.afya.com.br e ir.afya.com.br. (Elizabeth Ribeiro/Ascom/Facimpa)

*o Dia da Consciência Negra é comemorado sempre no dia 20 de novembro, feriado nacional (nota do Editor)

Médica Hannah Santis: "Integralidade exige que o paciente seja visto como um todo"

Mais da metade da população negra no Pará avalia sua saúde como ruim ou regular


sábado, 18 de outubro de 2025

 Afya

Educação médica fortalecida com egressos na docência

O programa Professores do Amanhã reforça o ensino prático e o vínculo com a comunidade em unidades do Sudeste Paraense

 

MARABÁ

No mês em que se celebra o Dia do Professor (comemorado no último dia 15), a Afya reafirma seu compromisso com a valorização da docência ao integrar egressos ao corpo docente por meio do programa Professores do Amanhã. A iniciativa nacional do grupo Afya - maior ecossistema de educação e tecnologia em Medicina do Brasil - já apresenta resultados concretos em Marabá e em Redenção: recém-formados passaram a integrar a rotina de ensino da unidade, fortalecendo a formação prática dos alunos e contribuindo para a resposta às demandas de saúde do município.  

Com protagonismo regional, o Pará recebeu mais da metade dos médicos egressos selecionados para o programa Professores do Amanhã. Dos nove médicos selecionados em todo o Brasil, cinco foram oriundos de unidades do Sudeste Paraense - sendo três em Marabá e dois em Redenção. Os demais participantes são da Bahia (2), Maranhão (1) e Rondônia (1). Esse dado reforça o compromisso da Afya com a interiorização da educação médica e com o fortalecimento da saúde nas comunidades locais.

“O programa valoriza os egressos ao oferecer oportunidade de ingressar na docência - muitos já manifestam esse interesse durante a graduação”, afirma o coordenador do curso de Medicina da Afya Marabá, o médico Leonardo Magalhães. Segundo ele, ter egressos formados na própria cidade, que conhecem as demandas dos serviços locais, garante que a atuação docente considere a realidade da população.  

A seleção dos participantes foi conduzida pela Diretoria Nacional de Ensino, em parceria com o RH do grupo Afya e teve mais de 100 inscrições de alunos que se formaram em unidades de todo o Brasil. O processo avaliou histórico acadêmico, coeficiente de rendimento, atividades extracurriculares, produções científicas e incluiu entrevistas para análise de perfil. Os selecionados passaram a atuar em diferentes eixos da matriz curricular - do primeiro ao oitavo período - sob supervisão de professores do quadro.  

Na prática, os egressos dividem a sala de aula com docentes em disciplinas que vão do treinamento de habilidades médicas ao eixo Saúde, Organização e Integração (SOI) e à Clínica Integrada. Eles auxiliam na execução de práticas, orientam estudantes e identificam lacunas de conhecimento que, muitas vezes por terem sido alunos recentemente, conseguem perceber com clareza. “Eles dão suporte porque conseguem apontar lacunas e oportunidades de melhoria ao professor”, observa dr. Leonardo.  

Entre os participantes está o médico José Wneyldson da Silveira, egresso da primeira turma de Medicina da Afya Marabá. Para ele, a transição de aluno para docente foi marcada por emoção e responsabilidade. “Voltar como professor para o lugar onde vivi tantas experiências como estudante me fez refletir sobre o impacto da formação médica na vida das pessoas”, conta. Ele destaca o sentimento de pertencimento e a capacidade de se conectar com os alunos por conhecer seus medos e expectativas: “Isso me permite ser um educador mais empático e alinhado às necessidades reais da formação”.  

Wneyldson Silveira também comenta os aprendizados e desafios enfrentados como preceptor. “O maior ganho tem sido enxergar cada aluno como um futuro médico em formação integral, valorizando não apenas o conhecimento técnico, mas também o aspecto humano”, afirma. “Um desafio é garantir experiências potentes e estruturadas mesmo diante de limitações de serviço. Outro é aprender a guiar sem conduzir demais, permitindo que eles desenvolvam autonomia com segurança”.  

Além da atuação em sala, os participantes cursam a pós-graduação em Preceptoria em Saúde oferecida pela Afya, que valida o trabalho desenvolvido ao longo dos 12 meses previstos pelo programa. A combinação de experiência prática e formação complementar consolida competências docentes e clínicas.  

Wneyldson Silveira acredita que sua presença como egresso contribui diretamente para a formação dos novos estudantes e para a saúde da comunidade local. “Ser professor onde fui aluno mostra aos estudantes que eles também podem transformar a realidade ao seu redor. Para a comunidade, essa continuidade gera confiança e compromisso. Atuo como elo entre a universidade e a população, mostrando que a saúde começa na escuta, no vínculo e no cuidado contínuo”.  

“Ter dois médicos egressos atuando como docentes aqui na Afya Redenção é motivo de orgulho e sinal de que estamos formando profissionais comprometidos com a transformação da saúde local. O programa Professores do Amanhã fortalece nossa missão de unir ensino e serviço, e a presença desses jovens médicos, que conhecem de perto a realidade da região, enriquece a formação dos nossos alunos. Eles trazem uma escuta sensível, uma linguagem próxima e uma vivência que inspira. É uma forma concreta de devolver à comunidade o cuidado que ela oferece durante a formação médica”, afirma Diôgo Amaral Barbosa, Coordenador Acadêmico de Afya Redenção.  

Feito em rede, o Professores do Amanhã conecta formação, serviço e comunidade, promovendo retenção profissional em Marabá e ampliando a capacidade do sistema local de saúde - enquanto qualifica a próxima geração de médicos.  

Nesse Dia do Professor, a Afya celebra não apenas o ato de ensinar, mas o poder de inspirar. Ao abrir espaço para que seus próprios egressos se tornem educadores, a instituição reafirma que ensinar é também um gesto de gratidão, compromisso e transformação.

Sobre a Afya   

A Afya, maior ecossistema de educação e tecnologia em medicina no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país, 33 delas com cursos de medicina e 20 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde. São 3.653 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), com mais de 23 mil alunos formados nos últimos 25 anos. Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo "Valor Inovação" (2023) como a mais inovadora do Brasil, e "Valor 1000" (2021, 2023 e 2024) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio "Executivo de Valor" (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 - Saúde e Bem-Estar.

Mais informações em http://www.afya.com.br  e ir.afya.com.br. (Elizabeth Ribeiro/Ascom/Facimpa)

                                        Imagens: Ascom/Facimpa

Wneyldson Silveira acompanha alunos da T2 no rodízio de Clínica Médica em hospital de Marabá

Egresso na Afya Marabá, o médico Silveira ministra aula de Atenção Primária á Saúde a futuros médicos



terça-feira, 30 de setembro de 2025

 SETEMBRO AMARELO

Campanha lembra que saúde mental é responsabilidade de todos

Acolhimento, escuta e suporte para uma formação médica mais humana; Afya reforça o cuidado integral dos estudantes de suas unidades com conscientização sobre saúde mental e prevenção ao suicídio

MARABÁ

 O “Setembro Amarelo” nos lembra que cuidar da saúde mental é responsabilidade de todos. E na formação de médicos mais humanos, empáticos e emocionalmente preparados para os desafios da profissão, essa preocupação não se resume apenas ao mês em curso, é uma constante, especialmente para o Núcleo de Experiência Discente (NED) presente nas unidades da Afya – maior hub de educação e tecnologia para prática médica que reúne 38 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país.

Jones Estevão Leite, 25 anos, é um exemplo vivo desse cuidado. Acadêmico de Medicina da Afya Faculdade de Ciências Médicas Marabá, sua trajetória é marcada por persistência e reinvenção. Antes de encontrar seu caminho na Medicina, passou por diversos cursos — Engenharia Elétrica, Engenharia da Computação, Direito, Psicologia — mas não conseguia se adaptar. “Minha rotina acadêmica era bem disfuncional. Eu enfrentava os mais variados desafios: horários, rotina, relacionamentos sociais, acabava me enrolando todo”, relembra.

Ao ingressar na Afya Marabá, Jones teve seu primeiro contato com o NED logo na primeira semana de aula. “Eu estava iniciando um acompanhamento psicológico. Tinha acabado de entrar na faculdade e estava curtindo bastante. Mas era muita mudança. Pedi para conversar com eles em particular, e foi aí que tudo começou”. Desde então, o apoio do NED se tornou essencial em sua jornada. “Recebi atendimentos psicológico, pedagógico e psicopedagógico. Conversamos sobre rotina, estudos, organização e até questões pessoais. Eles são sempre receptivos, mesmo com a agenda apertada. Sempre dão um jeito de encaixar”.

Com o apoio, as mudanças já são notadas na rotina do acadêmico, que relata estar mais funcional, cumprindo os prazos e estudando regularmente.

A história de Jones revela o impacto profundo que o NED tem na vida dos estudantes. Coordenado pela psicóloga Vanessa Feitoza, o NED Afya Marabá é um espaço de acolhimento, orientação e apoio diante das múltiplas demandas da vida acadêmica. Atua como um ponto de segurança dentro da instituição, promovendo uma formação que reconhece o estudante como ser humano em sua totalidade, sendo composto por psicóloga, pedagogo e psicopedagogo.

“A proposta do NED nasce da compreensão de que a vida acadêmica não se separa da vida pessoal. Questões familiares, emocionais e individuais influenciam diretamente no desempenho acadêmico — e vice-versa. Por isso, o núcleo se estrutura como um ambiente de escuta ativa, reflexão e ação, com o compromisso de garantir que todos os alunos tenham condições de viver sua trajetória universitária de forma equilibrada e humanizada”, explica Vanessa.

No curso de Medicina, essa atuação se torna ainda mais essencial. A formação médica exige dedicação integral, com carga horária intensa e renúncias significativas na vida pessoal. “Muitos estudantes enfrentam pressões emocionais e acadêmicas ao abrir mão de momentos com a família, lazer e relacionamentos. O NED surge como um espaço de acolhimento para esses enfrentamentos, fortalecendo habilidades socioemocionais fundamentais para a prática médica. Afinal, médicos também são seres humanos — sentem, se angustiam, precisam descansar”, destaca a coordenadora.

Redenção - Assim como em Marabá, o NED da Afya Faculdade de Redenção, é composto por uma equipe multidisciplinar. "Trabalhamos de forma integrada, sempre alinhando as demandas e fortalecendo o suporte ao aluno em diferentes frentes”, explica Rebecca Eustorgio de Oliveira – Fisioterapeuta, Intérprete/tradutora de Libras e Coordenadora do NED Afya Redenção. Segundo ela, o sigilo ético é um pilar do núcleo, garantindo que os alunos se sintam seguros para compartilhar suas vivências.

A acadêmica Ana Luiza Barbosa Dias, do 8º período de Medicina em Redenção encontrou essa segurança no trabalho do núcleo. “O NED tem feito toda a diferença na minha vida acadêmica. Morar longe da minha família não é fácil, muitas vezes a saudade aperta e somado a isso vem a autocobrança e a ansiedade, principalmente nos períodos de prova. Já cheguei a passar por crises por causa disso, mas encontrei no NED um espaço de apoio e acolhimento”, desabafa. 

Em situações de crise, como casos de depressão ou burnout, o NED oferece escuta imediata e suporte psicológico inicial, envolvendo a rede de apoio do aluno sempre que necessário — inclusive a família.

Outro papel fundamental do NED é no campo da inclusão e acessibilidade. Onde está presente, o núcleo está preparado para atender alunos com diferentes condições, como TDAH, TEA, dislexia, deficiência visual ou auditiva. A partir de uma escuta cuidadosa, são desenvolvidas estratégias específicas de acompanhamento, que fazem parte do atendimento educacional especializado. O plano educacional individualizado é construído em parceria com os docentes, garantindo que o aluno tenha acesso a recursos como tempo adicional em provas ou salas com menos estímulos.

Além dos atendimentos, o NED promove campanhas de conscientização e ações preventivas que impactam toda a comunidade acadêmica. Nessas ações, o núcleo reforça que o médico não é apenas um profissional técnico, mas alguém que também carrega emoções, histórias e vulnerabilidades.

A Afya, seja em Marabá, Redenção ou em qualquer uma de suas unidades de graduação, pós-graduação e educação continuada, reafirma: cuidar da saúde mental é cuidar da vida. E formar médicos mais humanos começa por reconhecer que, antes de tudo, eles também são pessoas.

A campanha “Bora se Cuidar” busca dar visibilidade à importância da saúde mental e ser um porto seguro para médicos e estudantes de Medicina. Com uma abordagem leve e acessível, a iniciativa utiliza influenciadores para amplificar o tema e apoia o público por meio de diferentes formatos e canais: conteúdos em vídeo, podcasts especiais e uma landing page exclusiva que reúne chat de ajuda, cartilha de autocuidado e calendário de eventos, permitindo que cada pessoa escolha o formato que melhor se encaixa em seu momento. (Elizabeth Ribeiro/Ascom/Facimpa)

                            Imagens: Ascom/Facimpa

Acadêmicos de Redenção participam de atividades em conjunto com o NED

Aluna Ana Luiza e a psicóloga Vanessa, esta coordenadora do NED em Marabá 

NED tem papel bastante importante na formação dos novos médicos



segunda-feira, 15 de setembro de 2025

DIREITO DE FAMÍLIA

Pets podem ser reconhecidos como seres sencientes

Quando o amor acaba, mas o latido não: quem fica com o animal após a separação? A guarda deve ser priorizada pelo vínculo afetivo e o bem estar 

REDENÇÃO (PA)

Eles dividiram a casa, os planos e até o sofá — sempre com o cachorro entre os dois, como parte da família. Mas quando o relacionamento terminou, o latido que antes unia virou motivo de dúvida. Afinal, quem tem o direito de ficar com o animal de estimação? E mais importante: o que é melhor para ele?

Foi exatamente essa pergunta que Luiz Paulo Santos Martins e sua então companheira precisaram responder. O casal adotou um filhote de Golden Retriever, presente de uma amiga, e mais tarde decidiram incluir uma gata na família. “A gente sempre brincava sobre quem eles escolheriam para morar”, conta Luiz Paulo. No fim, o cachorro ficou com ele, e a gata com ela — cada um mantendo a rotina dos pets e permitindo visitas livres, respeitando o vínculo afetivo que os animais também carregam.

A separação foi tranquila, mas não sem dor. “O cachorro ficava agitado ao ver a tutora, confundia pessoas na rua achando que era ela. A gata, mais desconfiada, demorou a brincar comigo como antes”, relembra. Sem recorrer à Justiça, o casal fez um acordo informal, priorizando o bem-estar dos animais. “Eles também sentem saudade. É preciso pensar neles, não só na gente”.

Em tempos em que os pets ocupam lugar de filhos no coração dos tutores, a separação de um casal não envolve apenas bens materiais — envolve sentimentos, rotinas e vínculos profundos com seres que não falam, mas sentem. E cada vez mais, essas histórias têm ido parar nos tribunais.

Segundo a advogada e professora da Afya Redenção, Daniela Stefanni Regis do Amaral, o Direito brasileiro ainda trata os animais como semoventes — bens móveis com movimento próprio — conforme o Código Civil. “Essa classificação tradicional os sujeita à partilha patrimonial, mas a jurisprudência tem avançado para reconhecer os animais como seres sencientes, merecedores de proteção jurídica diferenciada”, explica.

Nos tribunais, princípios do Direito de Família têm sido aplicados por analogia para decidir sobre guarda, visitação e até pensão alimentícia para pets. Daniela destaca que “o Superior Tribunal de Justiça já reconheceu o direito de visita a um animal após a dissolução de união estável, e a guarda compartilhada pode ser fixada conforme o caso concreto”.

Embora ainda não exista jurisprudência consolidada, decisões como as do Tribunal de Justiça de Minas Gerais e do Distrito Federal mostram que os juízes têm considerado o vínculo afetivo entre humanos e animais como critério relevante. “A ligação emocional, a capacidade de cuidados, a estabilidade do lar e a rotina do animal são aspectos que pesam na decisão”, afirma a especialista.

A guarda compartilhada é possível, desde que haja acordo entre as partes ou decisão judicial que formalize o arranjo. Na prática, isso pode ser feito por meio de um acordo extrajudicial, especialmente quando há boa comunicação entre os ex companheiros. “Se houver descumprimento de um acordo verbal, é recomendável formalizar juridicamente para garantir segurança às partes e ao animal”, orienta Daniela.

Em casos de maus-tratos ou violência doméstica, o sistema jurídico brasileiro é claro: a Lei nº 9.605/1998 tipifica como crime qualquer ação ou omissão que cause sofrimento ao animal, e a Lei nº 14.064/2020 agravou as penalidades. “A proteção das vítimas e a responsabilização dos agressores são prioridades, inclusive quando o pet é envolvido na dinâmica da violência”, reforça.

Na hora de decidir quem fica com o animal, provas como fotografias, vídeos e testemunhos que evidenciem o vínculo afetivo são fundamentais. “É preciso ir além da letra da lei e considerar o bem-estar do animal, que também sofre com a separação”, pontua Daniela.

Para casais que estão se separando e têm um pet em comum, a recomendação é clara: priorizar o animal. “Os pets são cada vez mais reconhecidos como membros da família. A solução deve considerar o bem-estar do animal e os vínculos afetivos com os tutores, evitando, na medida do possível, o rompimento desses laços”, conclui.

O Direito ainda caminha para acompanhar essa nova realidade. A expectativa, segundo Daniela, é que a legislação evolua para reconhecer legalmente a senciência dos animais, aplicar normas do Direito de Família e promover políticas públicas de educação e conscientização. Porque quando o amor acaba, o latido que fica não é apenas ruído — é afeto que precisa ser respeitado.

Serviço:

A população de Redenção pode ter acesso a orientações jurídicas de todas as naturezas e ingresso de ações judiciais, a depender do caso, através do Núcleo de Práticas Jurídicas - NPJ - da Faculdade de Direito da Afya Redenção, localizada na Avenida Brasil, 1435 - Alto Paraná, Redenção - PA. O atendimento à população, especialmente público de baixa renda, acontece de segunda à sexta-feira, das 08 às 17h. (Elizabeth Ribeiro/Ascom/Facimpa)

                                         Imagens: Ascom/Facimpa

Advogada Daniela: "Direito brasileiro ainda trata os animais como semoventes"

Está cada vez mais comum a disputa pela guarda de um pet ir parar nos tribunais




quinta-feira, 28 de agosto de 2025

 AFYA

Redenção e Prefeitura ampliam rede de saúde pública

Primeira das três unidades que estão sendo reformadas e ampliadas para melhor atender a população será inaugurada nesta quinta feira (28)

 

REDENÇÃO (PA)  

A parceria entre a Afya Faculdade Redenção, antiga Fesar Afya, e a prefeitura do município está transformando a infraestrutura da saúde pública local, com a reforma e ampliação de três unidades de saúde. Mais do que obras físicas, o projeto representa um avanço significativo no atendimento à população e na formação prática dos futuros profissionais da medicina.

O principal objetivo desse esforço conjunto é o fortalecimento do atendimento gratuito à comunidade, que passará a contar com consultórios modernos, centros de especialidades e atendimento multiprofissional. Os moradores dos bairros contemplados terão acesso a serviços médicos e de enfermagem realizados por alunos supervisionados, além de equipes da própria prefeitura. “A população ganha muito com isso. Os postos reformados vão permitir que nossos alunos atendam diretamente a comunidade, com supervisão dos médicos da rede municipal. É uma troca rica: os alunos aprendem na prática e os moradores recebem atendimento qualificado”, destaca Diôgo Amaral Barbosa, Coordenador Acadêmico da Afya Faculdade Redenção.

A primeira unidade beneficiada através da parceria é o Posto de Saúde Araguaia, no Centro. A obra está finalizada e a inauguração está marcada para esta quinta-feira, 28 de agosto, às 15h. O espaço contará com 12 consultórios, sendo 4 novos e 8 reformados, e abrigará o novo Centro de Especialidades Dr. Cesar Paiva Correia Lima. O Posto fica localizado na Rua Altamira, nº 162, Setor Morada da Paz (ao lado do CTA).

A segunda obra é na Unidade de Saúde da Família IV Deusdete Noronha, localizada no Jardim Ariane. O trabalho está em fase inicial, com previsão de construção de 4 consultórios, com possibilidade de ampliação.

O terceiro espaço é a Unidade de Saúde da Família Planalto III, no bairro Planalto III. A obra está em fase final de construção e prevê 13 consultórios, sendo 2 específicos para atendimento ginecológico, com banheiros privativos. Todos os consultórios estão sendo entregues com central de ar instalada, armário, maca, mesa, cadeira giratória e duas cadeiras para pacientes.

A iniciativa reforça o compromisso da Afya Faculdade Redenção — integrante do maior hub de educação e tecnologia para a prática médica no Brasil — com uma educação voltada para a realidade amazônica, promovendo a integração entre ensino, serviço e comunidade. Professores e alunos atuam diretamente nas unidades, oferecendo serviços de saúde e fortalecendo vínculos com os moradores.

“Esse modelo aproxima o aluno da realidade do SUS e da atenção básica. É uma formação que transforma não só o estudante, mas também a vida das pessoas que ele atende”, complementa Diôgo.

A médica Whatina Leite de Souza, secretária de Saúde do município, ressalta que essa parceria entre a Prefeitura de Redenção, no sul do Pará, e a Afya Faculdade Redenção é um marco para a saúde pública do município. “Estamos ampliando o acesso da população a serviços de qualidade, com estruturas modernas e equipes qualificadas. Os novos postos de saúde representam um verdadeiro diferencial para Redenção, fortalecendo o atendimento básico e aproximando ainda mais a comunidade dos cuidados que ela merece. É uma iniciativa que beneficia diretamente os moradores e contribui para a formação de profissionais comprometidos com a nossa realidade”, enfatiza a secretária.

Sobre a Afya   

Afya, maior hub de educação e tecnologia para a prática médica no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país, 33 delas com cursos de medicina e 20 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde. São 3.653 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), com mais de 23 mil alunos formados nos últimos 25 anos.

Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo "Valor Inovação" (2023) como a mais inovadora do Brasil, e "Valor 1000" (2021, 2023 e 2024) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio "Executivo de Valor" (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 - Saúde e Bem-Estar. Mais informações em http://www.afya.com.br,  e ir.afya.com.br. (Elizabeth Ribeiro/Ascom/Facimpa)

                                       Imagens: Ascom/Facimpa

Unidade ganhou consultório para atendimento multiprofissional 

Instalações mais amplas para melhor atender a comunidade