PREVENÇÃO
Cuidados
com a visão durante o veraneio são imprescindíveis
Sol,
água de rio, mar e piscinas podem deixar os olhos vermelhos e irritados, além
de outros sintomas, o que requer visita à um especialista
MARABÁ
Ninguém quer encerrar o
período de férias antes da hora por causa de problemas na visão, não é mesmo?
Aquela ardência durante ou depois do banho de piscina, aquele incômodo após um
dia de sol forte ou até mesmo uma infecção ocular causada por um cisco ou corpo
estranho nos olhos. São muitos os casos que podem ocorrer, mas a prevenção e o
cuidado com a saúde ocular continuam sendo o melhor remédio, especialmente
durante passeios e banhos de férias.
O verão amazônico é um
dos períodos mais quentes do ano. Ele coincide com a diminuição das chuvas e da
umidade do ar, e muitas vezes, com o aumento dos resíduos de queimadas. O clima
mais quente e seco torna mais frequente que a população em geral sinta sintomas
de irritação nos olhos, como ardência, coceira, vermelhidão e
lacrimejamento.
De acordo com o médico
oftalmologista Norimar Pinto de Oliveira, especializado em Catarata, Glaucoma e
Doenças da córnea, e professor de Medicina na Facimpa/Afya e na UEPA, “a
exposição mais prolongada e intensa a radiação solar nesse período, além dos
incômodos que geralmente passam em pouco tempo, pode facilitar o
desenvolvimento de catarata e pterígio a longo prazo”, alerta o especialista.
Durante este período, as
conjuntivites virais tendem a aumentar, já que a maior aglomeração em festas,
praias e eventos familiares facilita a transmissão do vírus. E, ao aproveitar
os balneários, clubes e praias, o Dr. Norimar orienta que o uso de proteção
para os olhos é fundamental, mas alerta quanto à qualidade dos óculos de sol
utilizados, especialmente aqueles comercializados em barracas e camelôs.
“Eles servem para
proteger os olhos, porém, na maioria das vezes, não possuem filtros. Apesar de
as lentes serem escuras, elas absorvem mais luz. Não fazem mal, porém, o fato
de serem escuras não significa necessariamente que possuem filtros para
determinados comprimentos de onda e frequências da luz que são mais danosas aos
olhos”, explica o oftalmologista.
Outra situação comum
envolve pessoas que usam lentes de contato e acabam tomando banho de piscina,
igarapé ou mesmo de mar. O correto, segundo o especialista, é “retirar as
lentes para nadar, pois existem micro-organismos que podem aderir às lentes e
provocar infecções graves”, orienta. No caso das crianças, que geralmente não
querem sair da água, seja ela qual for, o ideal é que sejam oferecidos óculos
para mergulho, pois elas tendem a abrir os olhos dentro da água, o que provoca
ardência e vermelhidão.
“Em geral, olhos
vermelhos após contato com a água são transitórios e, portanto, não indico o
uso de colírios, especialmente por conta própria, pois isso pode trazer uma
série de riscos à saúde ocular, desde danos à superfície dos olhos até o
desenvolvimento de doenças mais graves, como catarata e glaucoma”, explica Dr.
Norimar.
Caso ocorra algum
incômodo ou sensação de corpo estranho nos olhos, o médico recomenda lavá-los
cuidadosamente com soro fisiológico 0,9% ou água filtrada. Se o sintoma
persistir, o ideal é procurar uma avaliação adequada com um profissional da
área.
Então, aproveite os
momentos ao sol e na água no período de férias, mas lembre-se de usar boné e
chapéus, que protegem a cabeça, o couro cabeludo e o pescoço, e
consequentemente a visão. Aposte em óculos de qualidade e evite coçar os olhos,
especialmente com as mãos sujas.
Além de professor na Facimpa/Afya,
Dr. Norimar atende no Ambulatório Escola da instituição, que oferece consultas
oftalmológicas gratuitas. O atendimento pode ser agendado diretamente no local
ou via encaminhamento das Unidades Básicas de Saúde. O Ambulatório Escola está
localizado na Rodovia Transamazônica, próximo ao centro da Cidade Nova, em
Marabá.
Sobre
a Afya
A Afya, maior hub de
educação e tecnologia para a prática médica no Brasil, reúne 38 Instituições de
Ensino Superior em todas as regiões do país, 33 delas com cursos de medicina e
20 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e
de saúde. São 3.653 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação
(MEC), com mais de 23 mil alunos formados nos últimos 25 anos.
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digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina, 1 a
cada 3 médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução
digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers.