Patrulheiros da PRF tentam dialogar com manifestantes, sem sucesso Fotos: Laércio Ribeiro |
Sem-terra fazem bloqueio humano em protesto pela morte da companheira Foto: Laércio Ribeiro |
Por conta do atropelamento seguido de morte da camponesa Francisca de Araújo Santos, 50 anos, a rodovia Transamazônica está interditada desde às 23h30 desta terça-feira (14). A mulher estava atravessando a rodovia pela faixa de pedestre, com destino ao bairro do Amapá, quando foi colhida violentamente por um Ford Kia, cujo motorista, não identificado, estaria trafegando em alta velocidade e não respeitou a faixa preferencial.
Ele nem parou para socorrer a vítima, segundo testemunhou Francisco de Assis Solidade, coordenador regional da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri).
Revoltados com o episódio, dezenas de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que estão acampabados na Agrópolis do Incra há quase um mês, decidiram ocupar a rodovia.
O trecho interditado compreende uma área nobre onde estão situados órgãos federais como o INSS, Justiça Federal,o próprio Incra, e estaduais como Fórum, Ministério Público e Hemopa; e ainda a Secretaria Municipal de Saúde, e Câmara Municipal.
No local o clima é de tensão. Ninguém passa nem pra lá e nem pra cá. Agindo com truculência, como sempre, armados de porretes que fazem a vez de cassetetes, o sem-terra ameaçam quem tenta furar o bloqueio. Pela parte da manhã, um policial militar chegou a fazer disparos para o alto. Mas quase apanha de uma sem-terra enfurecida.
O direito de ir e vir do cidadão marabaense está tolhido, mais uma vez.
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