quarta-feira, 24 de outubro de 2012

OPERAÇÃO MAR DE LAMA AINDA TEM MUITO PARA FEDER


     O ex-secretário de Obras de Marabá, Lucídio Colinetti Filho, e o comparsa dele, empresário Mário Marcelo Fronczak, já estão em celas do Centro de Recuperação Regional Agrícola Mariano Antunes (Crrama).

     Os dois foram transferidos ainda na manhã desta terça-feira (23), depois de passarem pelo exame de praxe, de corpo de delito, no Instituto de Medicina Legal (IML) de Marabá.

     Lucídio e Fronczak, como já foi amplamente divulgado, foram presos pela Operação Mar de Lama, desencadeada pelo Ministério Público Estadual (MPE).

     Participaram da operação homens do Grupamento Tático Operacional da Polícia Militar, além de policiais da Superintendência de Polícia Civil do Sudeste do Pará, 21ª Seccional Urbana da Nova Marabá, além de uma equipe do Núcleo de Apoio a Investigação.

     Seis equipes fizeram as incursões, comandadas por cinco delegados e um oficial da PM.

     Quase 40 policiais, entre civis e militares, participaram da missão.

     Que foi encabeçada pelos promotores de Justiça, Mayana Queiroz, Ramon Furtado, Alexandro Mardegan, José Leontina de Barros, e Júlio Cesar Costa.

     Ao todo foram cumpridos dois mandados de prisões preventivas (Lucídio e Fronczak), e oito de busca e apreensões.

     Todos autorizados pelo juiz da 5ª Vara Criminal da Comarca de Marabá, Marcelo Andrey Simões.

     As investigações que redundaram na Operação Mar de Lama começaram há alguns meses, pelo MPE.

     Giraram em torno de supostas fraudes em contrato com a empresa MM Fronczak, sem a devida licitação, para fornecimento de piçarra à Prefeitura Municipal de Marabá.

     Contrato milionário no valor de R$ 20 milhões.

     De acordo com as investigações, a Prefeitura já tinha desembolsado cerca de R$ 10 milhões.

     Mas o montante da piçarra correspondente ao alto valor nunca teria sido despejado nas obras tocadas pelo Executivo marabaense, ainda comandado por Maurino Magalhães.

     Que mais uma vez escapou incólume aos braços da lei.

     Maracutaia das mais escabrosas, que vergonhosamente ficou conhecida como “farra da piçarra”.

     Como as investigações detectaram enriquecimento ilícito das pessoas envolvidas no golpe, a Justiça determinou também a apreensão e arresto de bens dos acusados.

     Entre eles, carros de luxo, lanchas, diamantes, e até mesmo um avião.

     Uma chácara também foi arrestada, entre outros.

     As investigações em torno do caso continuam e correm em segredo de Justiça.


Momento da prisão de Lucídio Colinetti - imagem captada do face do Célio Sabino


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