Desde a última terça-feira (7), o repórter fotográfico Fabiano Rocha do diário Extra (Rio de Janeiro) tem recebido ameaças de membros da Polícia Militar em redes sociais.
As mensagens começaram após a publicação de uma foto, de sua autoria, que mostra um policial do BOPE (Batalhão de Operações Especiais) usando touca ninja.
Rocha registrou a imagem enquanto cobria os conflitos entre a PM e traficantes no Complexo do Alemão.
Após a veiculação da foto, policiais divulgaram em páginas de uma rede social a imagem de Rocha e de sua família, além de dados pessoais e endereço do fotógrafo (que, segundo o Extra, eram falsos).
Alguns chegam a afirmar que ele "tem que tomar tiro na testa", enquanto outros defendem que ele deve ser intimidado para deixar de fotografar, chamando seu trabalho de "babaquice".
A Abraji considera grave a exposição de informações pessoais de Fabiano e de seus familiares na rede, pois coloca em risco a segurança do profissional.
Mais graves ainda são as ameaças e incitações à violência: nenhum jornalista deve sofrer intimidações ou represálias por realizar seu trabalho.
A Abraji espera que os responsáveis pelas ameaças recebam as sanções adequadas.
A atividade jornalística é fundamental para o exercício do direito de acesso a informações e, portanto, à democracia.
Impedir ou criar obstáculos para sua realização é prejudicial à sociedade. (Andréa Copolilo)
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