quinta-feira, 9 de abril de 2015

POLÍCIA INVESTIGA ASSASSINATO DE EMPRESÁRIO


           JACUNDÁ - ANTONIO BARROSO

     O corpo do empresário Itamar Alves Figueiredo, 46 anos, foi sepultado no final da tarde de quarta-feira, no cemitério da cidade de Jacundá, em meio a grande comoção. 

     Cortejo fúnebre reuniu uma multidão que deu o último adeus ao vice-presidente da Cooperativa de Transportes de Passageiros (Transjac), morto com três tiros enquanto trabalhava no terminal rodoviário da cidade.

     Tanto a polícia Civil quanto a Militar empreenderam buscas ao assassino que fugiu na garupa de uma moto Brós. 

     O assassinato aconteceu às 14h40 de terça-feira. 

     Na ocasião havia passageiros, lotadores e motoristas no local de embarque e desembarque de passageiros destinado a vans e micro-ônibus da cooperativa.

     Itamar Figueiredo, mais conhecido por Ita, estava ao lado de uma passageira quando um homem com aparência de 25 anos de idade se aproximou e sacou uma pistola calibre 380, disparou três tiros na vítima e correu em direção a um condutor de moto que estava na área reservada ao mototaxistas, subiu na garupa do veículo e fugiu pela rua 10 de Julho, em direção a estrada da Moran Madeira.

     A reportagem conversou com três pessoas que trabalham no local. Todas pediram anonimato dos seus nomes por temerem alguma retaliação. 

     O primeiro deles disse que ouviu uns estampidos. 

     “Imaginei que se tratava de bombinhas de artifícios, mas percebi que as pessoas correram. Quando passou o barulho dos tiros, saí e vi o companheiro estendido no piso. Não vi quem disparou os tiros”. 

     “Estava usando meu celular quando ouvi um, dois, três tiros, e muitas pessoas correram. Levantei a cabeça e percebi um homem deitado no chão e quando cheguei perto conheci que era o Ita”.

     Um terceiro deu mais detalhes. Segundo ele, Ita falava ao telefone e quando se aproximou do grupo de pessoas – aproximadamente 10 – um homem sacou a arma e efetuou os tiros. “Foi muito rápido. Só ouvi os tiros e o Ita já estava caído e um homem saiu com a arma na mão, pulou numa moto e desapareceu pela avenida Cristo Rei”.


     “Quando recebi a informação da rota de fuga, segui pela estrada vicinal da Moran, cerca de 10 quilômetros, mas não encontrei nada. Na volta perguntei a alguns moradores que me disseram que uma moto em alta velocidade havia entrado numa rua enfrente ao Clube Campestre. Por sinal, essa rua dá acesso a uma estrada que sai muito na Moran Madeira”, explicou o capitão Rogério Pereira.


     Segundo informou o delegado Sérgio Máximo, quando a viatura policial chegou ao terminal rodoviário a vítima agonizava no piso do prédio. “Nossa primeira providência foi tentar salvá-lo, conduzindo-o ao Hospital Municipal”. Ita chegou sem vida na Casa de Saúde.


     Em seguida, o delegado retornou à cena do crime na tentativa de encontrar informações sobre o caso. 

     À reportagem, Sérgio Máximo informou que a investigação está em andamento e não quis adiantar qualquer informação a respeito, e até mesmo sobre a linha de investigação adotada para esclarecer a morte.


     A morte de Itamar Alves causou grande comoção na cidade de Jacundá, onde a família vive há décadas. 

     Ele é filho da vereadora Adélia Alves Figueiredo, e Joaquim Bispo Figueiredo. É o terceiro filho de um total de 7 do casal.


     Deixou 7 filhos, entre eles 3 do atual casamento com Márcia Alves. Já atuava no ramo de transporte alternativo havia 25 anos. E há 7 fundou a Cooperativa Transjac, que faz linha entre Jacundá e Marabá.


Itamar Figueiredo levou três tiros na presença de várias testemunhas

Velório do empresário reuniu amigos e funcionários

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