JACUNDÁ - ANTONIO
BARROSO
O
corpo do empresário Itamar Alves Figueiredo, 46 anos, foi sepultado no final da
tarde de quarta-feira, no cemitério da cidade de Jacundá, em meio a grande
comoção.
Cortejo fúnebre reuniu uma multidão que deu o último adeus ao
vice-presidente da Cooperativa de Transportes de Passageiros (Transjac), morto
com três tiros enquanto trabalhava no terminal rodoviário da cidade.
Tanto
a polícia Civil quanto a Militar empreenderam buscas ao assassino que fugiu na
garupa de uma moto Brós.
O
assassinato aconteceu às 14h40 de terça-feira.
Na ocasião havia passageiros,
lotadores e motoristas no local de embarque e desembarque de passageiros
destinado a vans e micro-ônibus da cooperativa.
Itamar
Figueiredo, mais conhecido por Ita, estava ao lado de uma passageira quando um
homem com aparência de 25 anos de idade se aproximou e sacou uma pistola
calibre 380, disparou três tiros na vítima e correu em direção a um condutor de
moto que estava na área reservada ao mototaxistas, subiu na garupa do veículo e
fugiu pela rua 10 de Julho, em direção a estrada da Moran Madeira.
A
reportagem conversou com três pessoas que trabalham no local. Todas pediram
anonimato dos seus nomes por temerem alguma retaliação.
O primeiro deles disse
que ouviu uns estampidos.
“Imaginei que se tratava de bombinhas de artifícios,
mas percebi que as pessoas correram. Quando passou o barulho dos tiros, saí e
vi o companheiro estendido no piso. Não vi quem disparou os tiros”.
“Estava
usando meu celular quando ouvi um, dois, três tiros, e muitas pessoas correram.
Levantei a cabeça e percebi um homem deitado no chão e quando cheguei perto
conheci que era o Ita”.
Um
terceiro deu mais detalhes. Segundo ele, Ita falava ao telefone e quando se
aproximou do grupo de pessoas – aproximadamente 10 – um homem sacou a arma e
efetuou os tiros. “Foi muito rápido. Só ouvi os tiros e o Ita já estava caído e
um homem saiu com a arma na mão, pulou numa moto e desapareceu pela avenida
Cristo Rei”.
“Quando
recebi a informação da rota de fuga, segui pela estrada vicinal da Moran, cerca
de 10 quilômetros, mas não encontrei nada. Na volta perguntei a alguns
moradores que me disseram que uma moto em alta velocidade havia entrado numa
rua enfrente ao Clube Campestre. Por sinal, essa rua dá acesso a uma estrada
que sai muito na Moran Madeira”, explicou o capitão Rogério Pereira.
Segundo
informou o delegado Sérgio Máximo, quando a viatura policial chegou ao terminal
rodoviário a vítima agonizava no piso do prédio. “Nossa primeira providência
foi tentar salvá-lo, conduzindo-o ao Hospital Municipal”. Ita chegou sem vida na
Casa de Saúde.
Em
seguida, o delegado retornou à cena do crime na tentativa de encontrar
informações sobre o caso.
À reportagem, Sérgio Máximo informou que a
investigação está em andamento e não quis adiantar qualquer informação a
respeito, e até mesmo sobre a linha de investigação adotada para esclarecer a
morte.
A
morte de Itamar Alves causou grande comoção na cidade de Jacundá, onde a família
vive há décadas.
Ele é filho da vereadora Adélia Alves Figueiredo, e Joaquim
Bispo Figueiredo. É o terceiro filho de um total de 7 do casal.
Deixou 7 filhos, entre eles 3 do atual casamento com Márcia Alves. Já atuava no ramo de transporte alternativo havia 25 anos. E há 7 fundou a Cooperativa Transjac, que faz linha entre Jacundá e Marabá.
Itamar Figueiredo levou três tiros na presença de várias testemunhas |
Velório do empresário reuniu amigos e funcionários |
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