Presidente precisa apaziguar os ânimos
no Congresso, após delação premiada de Cláudio Melo Filho
O momento é realmente delicado para o presidente Michel Temer.
Além de
enfrentar manifestações Fora Temer, da crise
econômica, o presidente precisa
lidar com a repercussão da delação premiada do ex-vice presidente de Relações
Institucionais da Odebrecht, Cláudio Melo Filho.
Segundo a coluna Painel, da Folha
de S. Paulo, não há mais meias-palavras nos corredores do Congresso Nacional.
É
hora de Michel Temer apaziguar os ânimos "ou corre sérios riscos de
cair".
Pessoalmente, Temer não pode ser
processado pelas 43 citações de Melo Filho, pois a Lei Brasileira determina que
um presidente só pode responder a processos por crimes cometidos no mandato
atual.
A delação revela supostas irregularidades de 2014.
O documento de 82
páginas cita 24 políticos com quem o presidente tem relações próximas, como o
ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha e o ex-ministro, Gedel Vieira Lima.
Um baque forte para a cúpula do PMDB e para o próprio presidente.
É preciso considerar ainda que
apenas parte do documento foi divulgado e ainda faltam mais 75 delações da 77
acordadas com executivos da Odebrecht, inclusive a do ex-presidente da
empreiteira, Marcelo Odebrecht.
Não bastasse a onda negativa, o Instituto
Datafolha divulgou no fim de semana os índices de popularidade do Governo Temer.
Segundo o El Pais, a avaliação péssimo/ruim passou de 31% para 51%, entre julho
e dezembro.
O número de eleitores que querem a renúncia do presidente e
eleições diretas ainda neste ano já se iguala ao de Dilma Rousseff (PT) antes
do impeachment, 63%.
O comentário geral é que o
presidente é menos resiliente do que o presidente do Senado, Renan Calheiros.
O
que se fala é que a única saída seria uma reforma ministerial.
E urgente.
A
colunista Natuza Nery acredita que a citação, na delação premiada de Melo Filho
é o problema principal e talvez não consiga ser resolvido até o final do ano.
Nos bastidores do Palácio do
Planalto, o clima é muito tenso: de acordo com o jornal O Globo, o governo tem
medo que a repercussão da delação afete votações importantes no Congresso, como
as medidas de ajuste fiscal, como a PEC do Teto.
O presidente convocou reunião
de emergência neste domingo (11).
Entre os presentes, os principais ministros,
incluindo Eliseu Padilha. (Notícias ao Minuto)
Imagens: Ilustração
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Apesar do "bombardeio" de denúncias, Temer não pode ser processado |
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