quarta-feira, 23 de março de 2011

CONIVÊNCIA

     Desde que chegou em Marabá, em janeiro deste ano, para comandar a Superintendência de Polícia Civil do Sudeste do Pará, que o delegado Alberto Teixeira vem desenvolvendo um bom trabalho. O que pode ser medido pelo número de traficantes colocados na cadeia, este ano, e pela quantidade de drogas apreendidas, entre pasta base de cocaína, crack, merla e, a agora mais comum, maconha.

     Delegado Teixeira e a equipe comandada por ele, notadamente policiais novatos, recém saídos da academia e ainda em estágio probatório, vêm desenvolvendo trabalho em alto nível de investigação.

     Hoje mesmo os policiais da Superintendência fecharam uma oficina clandestina de conserto e manutenção de armas. De todos os tipos, marcas e calibres. Duas pessoas foram presas, incluindo o dono da oficina, Raimundo Mariano da Silva, 66anos. Várias armas foram apreendidas.

     O detalhe não está nem no fato da apreensão, mas na justificativa apresentada pelo armeiro, que disse reconhecer estar numa atividade criminosa, isso há 30 anos. É que, entre seus clientes, estavam também POLICIAIS CIVIS E MILITARES. Para quem, disse Mariano, fazia as manutenções sem cobrar um tostão. Ou seja, policiais coniventes com uma atividade que contraria o Estatuto do Desarmamento. “Minha oficina já funcionou até aqui perto da delegacia”, disse ainda o armeiro, aumentando ainda mais o sentimento de “parceria” entre o mecânico e os policiais.

     Delegado Alberto Teixeira promete investigar a denúncia, para repassar o caso à Corregedoria de Polícia Civil. (Nilson Santos) 

Marco (E) e Mariano foram presos em flagrante agora pela manhã
                

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