Esta agora foi no domingo, dia 27, também à tarde. Moto em alta velocidade descendo pela rua Cuiabá, bairro Belo Horizonte, piloto e garupa sem capacetes. Logo atrás, também em alta velocidade, viatura do DMTU empreendendo a famosa perseguição citada lá em cima. O piloto da moto dobrou na próxima esquina, tentando fugir e, em cima do rastro e cantando pneus, os agentes do trânsito.
Tal e qual aquela perseguição fatídica, que acabou provocando a morte do filho caçula do radialista Zeca Moreno. E que, tudo indica, não serviu de lição. Fato, aliás, que só não redundou em processo judicial por opção do próprio pai enlutado que, mesmo chorando a perda de um filho amado, não enveredou pelo caminho da vingança. Mas não serviu de lição para os agentes de trânsito, sempre sedentos de aplicar multas.
No episódio da rua Cuiabá, errado estavam os rapazes da moto, totalmente irregulares. Mas, mais errados estavam os da viatura, que bem poderiam ter anotado a placa da moto para a sempre prazeirosa confecção da multa e, assim, irem dormir com o sentimento do dever cumprido. A perseguição, da forma que estava se sucedendo, e há testemunhas, poderia ter gerado um acidente logo na esquina.
Não aconteceu, felizmente. Mas ficou o protesto indignado de quem presenciou a cena irresponsável de quem tem o dever de, de forma coesa e embebida do bom senso, trabalhar pela moralização do trânsito na cidade.
Aqui, quando se fala em agentes de trânsito, não se está generalizando. Há exceções. Mas, os que lerem o texto, com certeza os que tomaram parte desses episódios aí citados, vão vestir a carapuça. (Nilson Santos)
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