Uma semana após bandidos terem explodido o prédio de uma transportadora de valores em Marabá, sudeste do Pará, famílias reclamam dos prejuízos causados pela ação criminosa.
A explosão danificou a estrutura de imóveis vizinhos ao local.
Em nota, a Prosegur informou que lamenta os incidentes, mas que foi vítima da ação, portanto não pode ser responsabilizada pelos prejuízos.
Segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), cerca de 30 criminosos utilizaram dois caminhões roubados para chegar até a sede da transportadora Prosegur, situada no bairro Novo Horizonte, no núcleo Cidade Nova, por volta de 1h30 do dia 5 de setembro.
Eles utilizaram explosivos para invadir e roubar os cofres da empresa.
Prejuízos
O comerciante João Dias conta que pagou com o próprio dinheiro a recolocação dos vidros da porta e das janelas que quebraram com a explosão.
Ele diz que procurou a empresa em busca de ressarcimento para os estragos, mas a resposta que recebeu não foi boa. "A empresa até agora não se manifestou", revela João.
O empresário Antônio Rocha contabiliza os danos nos oito apartamentos que têm em um residencial próximo a empresa. "As portas foram para dentro e ali na esquina teve uma rachadura", detalha.
Além disso, alguns moradores afirmam que estão desalojados.
A idosa Zélia Luz revela que tinha acabado de sair do quarto quando todo o forro do cômodo desabou e caiu exatamente em cima da cama onde ela estava deitada. “Eu queria que alguém tomasse uma providência para resolver a minha situação”, disse a idosa.
Prisão
A Polícia Civil apresentou na última segunda-feira (12), em Belém, um homem preso sob suspeita de participação no assalto à transportadora de valores em Marabá.
Com ele foram apreendidos R$ 300 mil, uma grande quantidade de drogas e armas.
O suspeito foi preso na última sexta-feira (9), após uma denúncia anônima feita no município de Dom Eliseu.
Segundo a polícia, ele estava sozinho escondido em uma chácara com várias armas de fogo, entre elas, quatro fuzis.
No espaço havia ainda coletes, explosivos e até roupas camufladas.
A polícia afirma que o suspeito já tinha passagem policial registrada por roubo a banco no Pará e em outros dois estados brasileiros.
“Foi uma ação audaciosa, bastante planejada. Eles com certeza fizeram reconhecimento e planejamento, pois a fuga foi perfeita”, explica o delegado Rilmar Firmino. (G1/PA)
FOTOS: Ilustração TV Liberal (Felipe Almeida)
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Armamento apreendido em Dom Elizeu pode ter sido usado no assalto a Prosegur |
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Antonio Rangel é um dos suspeitos de participação no assalto cinematográfico |
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João Dias reclama dos prejuízos causados pela explosão |
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Manoel Azevedo exibe as rachaduras na estrutura da casa dele |
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Este residencial também ficou com a estrutura bastante prejudicada |
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Zélia Luz escapou da morte; ela saiu da cama na hora em que o teto desabou no quarto |
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