quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

NO GOVERNO FEDERAL A GASTANÇA COM FESTA É TUDO DE BOM



                O desabafo é do senador paraense Mário Couto, do PSDB


     "Os sucessivos recordes na arrecadação de impostos parecem também estimular o Governo Federal a gastar ainda mais em festividades, e tudo isso em meio aos cortes orçamentários e à preocupação com a inflação. Dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), apresentados em reportagem do jornal O Globo, mostram que os gastos com festividades oficiais e homenagens, ao longo de 2011, cresceram 19,5% em relação a 2010.



     Nada menos do que R$ 54,2 milhões saíram dos cofres públicos para patrocinar festas, no ano passado, contra R$ 45,4 milhões gastos em 2010, o que levou o senador Mário Couto (PSDB-PA) a ocupar a tribuna nesta terça-feira, 28, para protestar contra essa situação. 



     "O que dói muito em cada um de nós é vermos que as festas que o Governo faz custam R$ 54 milhões! É verdade, Brasil. O Governo gastou no ano passado, em 2011, R$ 54 milhões em festas, Brasil! Tomando uísque, Brasil! Comendo salgadinho, Brasil, à custa do seu dinheiro, à custa do nosso dinheiro, à custa do dinheiro do povo brasileiro. E vem aumentando, Brasil. O gasto com festas vem aumentando mês a mês", criticou Mário Couto.



     Conforme os dados do Siafi, no ano de 2007 – primeiro ano do segundo mandato do presidente Lula – as despesas com festas custaram R$ 17 milhões aos contribuintes brasileiros. No ano seguinte, a cifra bateu em R$ 24 milhões, o que representou um aumento de 40%. Em 2009, os gastos com festividades continuaram na subida e chegaram a R$ 31 milhões, um crescimento de 30%, para em 2010, ano de eleições gerais, bater em R$ 45,4 milhões, um crescimento de 45%. "Se somarmos os cinco anos passados, já teremos um aumento de mais de 300% nos gastos com festividades. Festa, Brasil! Muita festa no Palácio!", assinalou Mário Couto. 



     Para o senador tucano, faltam prioridades para o Governo Dilma, principalmente em educação e saúde. Couto considera que nada justifica os cortes nos orçamentos dessas áreas até porque a arrecadação de impostos somou R$ 102,5 bilhões em janeiro deste ano, apontado como o melhor resultado da história para o primeiro mês do ano e que representou um aumento real de 6,04% em relação a janeiro de 2011.



     "E onde está a saúde deste País? Quanto o Governo está aplicando na saúde deste País, onde os brasileiros estão morrendo nas portas dos hospitais", questionou Mário Couto, acrescentando que o abandono da saúde pública aparece, inclusive, na falta de fiscalização dos hospitais privados. 
Como exemplo, o senador citou o que estaria ocorrendo no Hospital Porto Dias, um dos maiores de Belém e que estaria registrando sucessivos casos de infecção hospitalar. 



     "No Pará, no meu Estado querido, os hospitais privados sequer são fiscalizados. Um dos maiores hospitais, no centro da Grande Belém, chamado Porto Dias, não sofre, absolutamente, há muitos anos, uma fiscalização da saúde. E veja quantos casos de infecção hospitalar já foram verificados naquele grande hospital? Quantos paraenses já se foram ao entrarem ali para se tratarem de uma doença e acabaram contraindo uma infecção hospitalar, vindo a falecer?", alertou Couto, que vai requerer ao Ministério da Saúde para que fiscalize o hospital".

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