O Sindicato dos
Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) começou nesta quarta-feira
(25), em todo o estado, uma greve na rede estadual de ensino em "resposta
a ameaça de redução de salários e pelo não pagamento do piso nacional".
De
acordo com o Sintepp, mais de 10 mil professores devem paralisar suas
atividades e cerca de 500 mil alunos devem ficar sem aulas por tempo
indeterminado.
A Seduc afirmou que não há, por parte do governo, nenhuma
iniciativa ou determinação com vistas a qualquer redução de valores investidos
em educação.
Mesmo
com o indicativo de greve, em algumas escolas de Belém,
as aulas transcorreram normalmente.
Na manhã desta quarta, a categoria
participou de uma assembleia geral na Praça da Leitura, em São Brás e, em
seguida, saiu em caminhada por uma das pistas da avenida Almirante Barroso até
a sede da Secretaria de Administração (Sead), onde estão aglomerados em frente
ao prédio.
Durante a marcha, o tráfego foi temporariamente interrompido.
Reivindicações
Desde o início de 2015, a categoria vem cobrando o reajuste do piso salarial
e do vale-alimentação.
De acordo com o Sintepp, o valor do piso deveria ter
sido reajustado a partir do primeiro dia do ano.
No
último dia 19, os professores foram às ruas da capital para protestar contra a
falta de investimentos na educação, além do piso salarial.
A greve foi decidida
em uma assembleia que ocorreu no dia 20, em que os professores entraram em
acordo e decidiram suspender as atividades até que o governo cumpra com as
exigências feitas pelo movimento.
Os
professores esperam por melhorias, como a realização de obras de reforma e construção
de mais escolas em Belém e no interior.
Eles também estão insatisfeitos com a
retirada da carga horária e redução salarial, a falta de pagamento do piso
salarial, o não cumprimento do acordo de concurso público e plano de carreira
unificado.
Seduc estuda
orçamento
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informou que mantém permanente
diálogo com representantes do Sindicato e que está sendo realizado estudo
detalhado para garantir a manutenção do piso nacional dos professores.
Tanto
que a menor remuneração dos professores da rede estadual está acima de R$ 3
mil, valor bem maior que o piso anterior, de R$ 1,6 mil, e o novo, de R$ 1,9
mil.
O estudo deve ser concluído até o dia 15 de abril.
A
Seduc esclarece ainda que a lotação de 2015 está sendo realizada com o objetivo
de mensurar a real necessidade das aulas suplementares, plenamente mantidas em
casos específicos.
Com isso, fica garantido o respeito à carga horária do
professor, sem sobrecarregá-lo, e sem prejuízo para o aluno, além de mais
qualidade no gasto com educação.
Quanto aos cortes, a Seduc afirma que não há, por parte do governo, nenhuma iniciativa ou determinação com vistas a qualquer redução de valores investidos em educação.
A Seduc lamentou o indicativo de greve, justamente no momento em que se inicia o ano letivo e especialmente após um calendário conturbado em 2014, devido à greve da categoria em 2013.
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