Tom Coelho *
“O problema não está em não enxergar a solução,
mas em não enxergar o problema.”
(Charles Kettering)
Minha trajetória é
marcada por iniciativas empreendedoras.
Aos 14 anos eu já trabalhava com meu
pai. Aos 15, iniciei com um amigo um negócio de digitação de trabalhos
acadêmicos.
Aos 20, atuei como executivo na área de exportação de café.
Após
esta experiência, fiquei desempregado por sete intermináveis meses, o que me
levou a novamente empreender – desta vez por necessidade, e não por
oportunidade.
Ao longo de onze
anos enveredei por negócios que transitaram de um bar a um comércio de
semijoias, passando por uma construtora e uma metalúrgica. Em alguns, prosperei
e me diverti.
Em outros, capitulei e me entristeci.
Falar sobre sucesso
é relativamente simples e até fácil.
Porém, pouco instrutivo.
Embora a maioria
dos livros, entrevistas e depoimentos procurem sempre exaltar o êxito dos
protagonistas, há lições inestimáveis oriundas das histórias de fracasso.
Michael Jansen
disse: “Felicidade não é ausência de problemas. A ausência de problemas é o
tédio. A felicidade são grandes problemas bem administrados”.
Concordo, mas
divido os problemas em duas categorias: os bons e os ruins.
Em minha
metalúrgica experimentei o prazer de estar no topo e a dureza do fundo do poço.
E notei que era a hora de parar e mudar quando problemas ruins passaram a
habitar não apenas meu cotidiano e meus pensamentos, mas também meus sonhos.
Nos tempos difíceis
da empresa, quando eu saía de um momento privado, fosse uma reunião ou uma mera
sessão de cinema, ao ligar o telefone ou acessar o e-mail eu sabia que
problemas me aguardavam...
Eram situações litigiosas, desagradáveis e até
terríveis.
Por isso, a angústia me visitava.
Eu gostaria de não ligar o
telefone, não atender ao visitante, não olhar as mensagens.
Mas estas não eram
escolhas possíveis, pois minhas responsabilidades não permitiriam a omissão.
Hoje, é claro que
continuo cercado por problemas.
Mas são bons problemas.
Como vou atender mais
adequadamente aos meus clientes para que obtenham amplos resultados com minha
contratação?
Como faço para envolver uma equipe de líderes voluntários que
coordeno em prol de iniciativas sociais?
Sobre qual tema irei abordar em meu
próximo artigo de modo a proporcionar uma leitura útil e prazerosa aos
leitores?
Por isso, comece a refletir e a questionar seus
próprios problemas.
O que incomoda você?
É a mobilidade urbana e o tempo que
você dispende para ir e voltar ao trabalho?
São as suas atribuições enfadonhas,
insossas e desalinhadas de seus propósitos pessoais?
É sua comunicação com seu
líder ou equipe?
São questões afetivas ou financeiras?
Responda francamente: o problema está na empresa, nos outros ou em você?
Lembre-se: todo
problema tem solução, desde que bem identificado.
E toda solução passa
invariavelmente por sua decisão pessoal.
Você controla seus pensamentos,
amadurece suas emoções e decide sair da zona de conforto, abandonando o
comodismo e o conformismo, buscando soluções em lugar de culpados.
Dê aos
problemas a dimensão que efetivamente devem ter.
Seja flexível nos acordos,
tolerante nas decisões, paciente com as respostas.
E aprenda com cada nova
experiência vivida.
E-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.
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