sexta-feira, 1 de maio de 2015

SENADOR PARAENSE CRITICA "ESTAGFLAÇÃO" NO PAÍS

     “O Brasil está vivendo um momento de estagflação”. O alerta é do senador Flexa Ribeiro (PSDB/PA) durante sessão da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), do Senado Federal. 

     O fenômeno que reúne em um mesmo cenário econômico estagnação, inflação e desemprego, vem provocando forte impacto na renda das famílias brasileiras.

     Segundo o senador Flexa, por culpa do Governo do PT, que “incentivou o consumo e a abertura de crédito facilitado por uma política que justificava ser anticíclica, pensando que esta seria a solução para o país não entrar numa situação de crise, no entanto, estamos vendo a família brasileira atingir um grau de endividamento muito elevado. Cerca de 60% das famílias deste país estão com dívidas a pagar”, comentou o senador.

     Outro importante fenômeno de desaquecimento econômico destacado por Flexa é a desindustrialização do Brasil. 

     O senador lembrou que a participação da indústria no PIB vem caindo em ritmo acelerado e, atualmente, já atingiu os 13% de contribuição para a geração da produção brasileira. 

     “O agronegócio e os minérios estão tendo um papel fundamental para garantir um desempenho regular na balança comercial deste país, no entanto, isso nos mostra que estamos voltando ao tempo do Brasil colônia, quando exportávamos bens primários. O governo está desindustrializando o nosso país”.

     De acordo com a senadora Ana Amélia (PP/RS), o fenômeno da desindustrialização está acontecendo, pois “não é estimulador produzir no Brasil”. 

     A senadora destacou o custo Brasil como o fator preponderante para a forte redução na produção industrial.

     Outro fato indicado pela senadora seria a alta da inflação, que “é provocada pelo governo, que represou o preço dos combustíveis e energia elétrica no passado e agora está repassando a alta às famílias brasileiras”, analisou.

     A senadora utilizou como exemplo da inflação o caso de sua secretária doméstica. 

     Segundo a senadora, a empregada pagava, há alguns meses, R$ 50 na conta de energia. 

     Hoje, o valor pago saltou para R$ 120. “Ela não aumentou o consumo. Pelo contrário. É uma moça muito econômica. Isso para quem paga esta conta, acaba sendo muito salgado. O salário não aumentou nessa mesma proporção”, criticou Ana Amélia.

     Ao final da sessão, a senadora Ana Amélia, que preside a CRA, se disse surpresa com a manifestação dos senadores de oposição e do governo em relação a situação econômica do Brasil. 

     “Me surpreendi aqui, pois se manifestaram senadores  de 5 diferentes partidos. O PMDB, o DEM, o PDT, o PSDB e o PP. Oposição e governo. E a linguagem é a mesma. Ou seja, a percepção que todos têm, partidos e senadores é esta, de dificuldade”, revelou.


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